A classificação das Atas de Vereação do Concelho de Loulé (Séc. XIV – XV) como «Tesouro Nacional» é o mote para uma sessão comemorativa que decorrerá esta quinta-feira,

12 de dezembro, pelas 21h00, no Cine-Teatro Louletano, com entrada gratuita, sujeita à limitação da sala. No dia em que se assinalam os 635 anos da Ata mais antiga conhecida em Portugal (12 de dezembro de 1384), será igualmente homenageado Carlos Albino, um louletano que muito tem contribuído para elevar o nome da sua terra, tendo, entre tantas outras iniciativas, proposto à Câmara Municipal que realizasse o processo de classificação das Atas de Vereação medievais.

Durante a cerimónia evocativa destes importantes testemunhos escritos da história de Loulé a jornalista Rosa Veloso irá moderar a mesa-redonda com a participação de Maria Helena da Cruz Coelho, da Universidade de Coimbra, Eduardo Vera-Cruz, da Universidade de Lisboa, e Silvestre Lacerda, diretor-geral da Direção Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, três especialistas que tiveram um papel decisivo nesta classificação. Do programa da noite faz ainda parte a apresentação da peça “No alpender da dicta villa”, pelo grupo Ao Luar Teatro, numa viagem ao passado de Loulé, com a recriação de episódios do quotidiano da antiga vila durante a Idade Média, inspirados nos textos das Atas.

Recorde-se que a classificação das Atas de Vereação do Concelho de Loulé (Séc. XIV – XV) como “Tesouro Nacional” aconteceu em junho deste ano. Estes documentos, que fazem parte do riquíssimo espólio do Arquivo Municipal, além do seu valor simbólico, testemunham surpreendentemente a vivência e factos históricos. Loulé é pois um caso paradigmático e ímpar no período medieval, no contexto nacional já que é aqui que existem os mais antigos e mais numerosos testemunhos atualmente conhecidos de atas de vereação de um concelho medieval português, num conjunto total de 11 livros que receberam esta classificação.

 

CML/GAP /RP