O presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), Pedro Costa Ferreira, considera que a decisão do Governo de não prolongar o lay off simplificado é «inconcebível, inacreditável e incompreensível».

Em declarações à Antena 1, no passado dia 31 de julho, Pedro Costa Ferreira afirmou que esta é «a maior deceção relativamente às últimas decisões do Governo» e explicou porquê: «É mais barato apoiar empresas para manter emprego do que pagar subsídios de desemprego.

 Mas é isso nem o mais importante, o mais importante tem a ver com a dignidade da pessoa estar empregada, as pessoas que trabalham são muito mais felizes do que pessoas apoiadas no desemprego».

Para o presidente da APAVT, a não manutenção do lay off simplificado significa «um duro revés para o setor, para o turismo e, se o turismo não se aguentar, será um enorme revés para a recuperação económica do país, porque, como sabemos, as exportações lideram a recuperação económica e o turismo lidera as exportações».

Pedro Costa Ferreira deu o exemplo das agências de viagens que continuam com quebras de cerca de 87% e 80% estava em lay off em junho.

Para o responsável, o maior problema da retoma está na confiança para viajar.  

«Temos um problema de mobilidade internacional que tem a ver com confiança. Resolveremos o problema quando tivermos uma vacina, ou terapia confiável efetiva, ou ambas.

 Mais voos não significa mais pessoas e mais turismo internacional».

O presidente da APAVT criticou ainda a atuação da União Europeia.

«É necessário caminharmos para a harmonização das condições de receção nos aeroportos e nos países.

Enquanto as regras forem diferentes de país para país e diferirem no próprio país de quinzena para quinzena, é muito difícil programar, informar e ter confiança para viajar.

Infelizmente a UE está ainda cheia de burocratas que estão em confinamento mental há mais tempo do que nós estamos em confinamento físico.

 Falam de direitos das pessoas sem saberem do que estão a falar, quando deveriam estar a tentar harmonizar procedimentos, pelo menos na esfera europeia».

Por: Publituris