Orquestra Filarmonia das Beiras e Orquestra do Norte

Partilham desafios e objetivos e vão reforçar laços com colaborações e atuações conjuntas, como já aconteceu em setembro passado num concerto que teve lugar no Aeroporto Internacional de Faro. As três Orquestras Regionais reconhecidas pela Direção-Geral das Artes preparam-se para criar a ANOR – Associação Nacional das Orquestras Regionais, com o intuito de criar uma identidade coletiva comum às três entidades.

Orquestra Clássica do Sul (OCS), Orquestra Filarmonia das Beiras (OFB) e Orquestra do Norte (ON), as três Orquestras Regionais estão a criar condições para desenvolver um trabalho coletivo e em prol de um maior prestígio e incremento artístico. Como tal, vão ser desenvolvidas diversas iniciativas em regime de cooperação, como a organização de iniciativas conjuntas, o intercâmbio de maestros e músicos ou a partilha de partituras e instrumentos.

«Juntamo-nos com a perspetiva de, por um lado, defendermos interesses comuns epodermos trabalhar em conjunto e melhor na resolução de problemas que cada uma das orquestras enfrenta mas também na perspetiva de criar parcerias artísticas que é um aspeto fundamental para o nosso desenvolvimento», declara António Vassalo Lourenço, Diretor Artístico da Orquestra Filarmonia das Beiras.

A partilha de experiências entre maestros e músicos é uma mais-valia a ser implementada pela ANOR e já foi colocada em prática, no decorrer de 2019, com o intercâmbio de maestros entre as três Orquestras Regionais. Em junho o maestro António Vassalo Lourenço (OFB) dirigiu a Orquestra Clássica do Sul em dois concertos que aconteceram em Albufeira e Silves.

Em novembro o maestro da ON, Fernando Marinho dirigiu a Orquestra Filarmonia das Beiras e, esta semana, o maestro Rui Pinheiro (OCS), rumou ao norte do país para dirigir a Orquestra do Norte num concertoque terá lugar em Guimarães este sábado.

Em palco as três orquestras já se juntaram como aconteceu no Dia Mundial do Turismo em Faro. Uma iniciativa que é para repetir, como explica Rui Pinheiro, Maestro Titular da OCS: «Nós tivemos o prazer de acolher, pela primeira vez este Verão, as duas orquestras congéneres no Algarve, num concerto que fizemos no Aeroporto [Internacional de Faro] e é algo que queremos manter, este tipo de parcerias, em que possamos juntar as três orquestras pelo menos uma vez por ano para fazer um bomrepertório sinfónico, é algo que queremos fomentar».

«Julgo que o futuro destas orquestras é muito importante para poder levar a todos os pontos do país aquilo que a centralidade que existe em termos culturais dos principais polos do país não pode fazer, e portanto, o apoio e a efetiva importância que possa ser dada a este tipo de orquestras, possa ser fulcral para termos um desenvolvimento exponencial da Cultura no nosso país», descreve Fernando Marinho, Diretor Artístico da Orquestra do Nort.

Para além da vertente artística, a Associação Nacional das Orquestras Regionais confere aos associados uma cobertura nacional da sua ação, facilita a aquisição de novos apoios e patrocínios e permite formalizar a afirmação de um projeto que tem mais de 25 anos e que nasceu com a criação da Orquestra do Norte, a primeira orquestra regional portuguesa.

 

Por: OCS