O Centro de Investigação em Biomedicina (CBMR) da Universidade do Algarve inicia na quarta-feira a realização de análises para o diagnóstico da covid-19, podendo realizar numa primeira fase 40 por dia, disse hoje à Lusa o diretor do centro.

Clévio Nóbrega, diretor e investigador do CBMR, afirmou à agência Lusa que o centro foi ativado para dar resposta a nível nacional à necessidade de processar um maior número de testes, “nomeadamente a idosos dos lares e de outros locais e às populações mais vulneráveis”.

“Não vamos fazer a recolha das amostras, essa parte será articulada com o Algarve Biomedical Center (ABC), mas, sim, a extração do material genético do vírus num laboratório de nível de segurança II e, numa segunda fase, a deteção dos coronavírus”, indicou.

Segundo aquele responsável, para já, vão ser analisadas, em média, 40 amostras diárias por questões de otimização do processo, mas “se houver necessidade pode ser duplicada, ou mesmo triplicada essa capacidade”.

“Vamos ter cinco equipas fixas de três investigadores a trabalharem sete dias por semana, em regime de rotação, demorando o processo todo de análise de cada amostra entre três a cinco horas para obter o resultado”, apontou.

De acordo com Clévio Nóbrega, o Centro de Investigação em Biomedicina (CBMR) da Universidade do Algarve reúne todas as condições para a realização dos testes de diagnóstico à covid-19, incluindo um laboratório de segurança II e “uma câmara de contenção onde é extraído o material genético do vírus”.

Portugal regista hoje 160 mortes associadas à covid-19, mais 20 do que na segunda-feira, e 7.443 infetados (mais 1.035), segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 750 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 36 mil. Dos casos de infeção, pelo menos 148.500 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 413 mil infetados e mais de 26.500 mortos, é aquele onde se regista atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 11.591 mortos em 101.739 casos confirmados até segunda-feira.

A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 7.340, entre 85.195 casos de infeção confirmados, enquanto os Estados Unidos são o que tem maior número de infetados (164.610).

 

Por: Lusa