«Os Cigarros eletrónicos são seguros?»

A Direção-Geral da Saúde desaconselha o uso de e-cigarros, por suspeitas de estar associado ao desenvolvimento de doenças pulmonares graves ou mesmo fatais.

Nos Estados Unidos, já foram reportados ao Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) 48 mortes e 2291 casos de doença respiratória grave possivelmente associados ao uso de cigarros eletrónicos.

Apesar de variável, a doença tem algumas caraterísticas comuns nos casos relatados, nomeadamente, febre, fadiga ou dor abdominal, sintomas respiratórios (tosse, falta de ar, dor no peito) e gastrointestinais (náuseas, vómitos ou diarreia).

As autoridades norte-americanas estão a investigar a eventual relação causal entre os casos relatados e o uso dos e-cigarros, bem como as substâncias envolvidas. O acetato de vitamina E, o canabidiol e outros derivados de canábis parecem ser substâncias associadas às lesões pulmonares descritas.

Até à data não há casos reportados em Portugal, no entanto, perante estes números, a Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) consideram não haver cigarros eletrónicos nem tabaco aquecido seguros, pelo que desaconselham a sua utilização, com particular destaque para os que contêm líquidos com canabidiol e outros derivados de canábis, acetato de vitamina E e diacetil.

Eis algumas recomendações destas entidades; os consumidores de cigarros eletrónicos não devem modificar os líquidos para cigarro eletrónico legalmente comercializados e devidamente rotulados pelo fabricante, também não se deve recorrer a líquidos ou produtos comprados fora dos circuitos legais de comercialização, as instruções de uso e contraindicações que, obrigatoriamente, acompanham os cigarros eletrónicos devem ser observadas e os dispositivos devem ser mantidos fora do alcance das crianças, os consumidores de cigarros eletrónicos devem procurar ajuda médica caso tenham sintomas, por exemplo, febre, fadiga abdominal.

Alerta-se, para quem seja fumador que, os cigarros eletrónicos ou e-cigarros podem ser menos nefastos do que o tabaco tradicional, mas não são inócuos.