Para este aumento contribuíram todos os grupos do ficheiro de desempregados, com destaque para as mulheres.

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego voltou a subir em agosto, segundo dados divulgados esta segunda-feira (21 de setembro de 2020) pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Já há mais de 409 mil pessoas nesta situação. Para este aumento - face ao mês homólogo de 2019, em termos de variação absoluta - contribuíram todos os grupos do ficheiro de desempregados, com destaque para as mulheres, adultos com idade igual ou superior a 25 anos, os inscritos há menos de um ano, os que procuravam novo emprego e os que possuem como habilitação escolar o secundário.

“No fim do mês de agosto de 2020, estavam registados, nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas, 409.331 indivíduos desempregados, número que representa 74,5% de um total de 549. 549 pedidos de emprego. O total de desempregados registados no país foi superior ao verificado no mesmo mês de 2019 (+105.001; +34,5%) e face ao mês anterior(+2.029; +0,5%)”, lê-se no relatório divulgado pelo IEFP.

A nível regional, no mês de agosto, o desemprego registado aumentou na generalidade das regiões, com excepção da Região Autónoma dos Açores. Dos aumentos homólogos, o mais pronunciado deu-se na região do Algarve (+177,8%) e, no oposto, encontra-se a região dos Açores com -1,3%.

Considerando os grupos profissionais dos desempregados registados no Continente, salientam-se os mais representativos, por ordem decrescente: “Trabalhadores não qualificados“ (24,9%); “Trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção segurança e vendedores” (21,9%); "Pessoal Administrativo" (11,7%); "Especialistas das atividades intelectuais e científicas" (10,8%) e "Trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices" (10,3%).

Relativamente ao mês homólogo de 2019 (excluindo os grupos com pouca representatividade no desemprego registado), o grupo "Trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção segurança e vendedores" (+55,8%) apresentou a mais expressiva subida percentual do desemprego, seguido dos grupos "Operadores de instalações e máquinas e trabalhos de montagem (+53,4%) e “Pessoal administrativo”(+38,6%).

No que respeita à atividade económica de origem do desemprego, dos 355.053 desempregados que, no final do mês em análise, estavam inscritos como candidatos a novo emprego, nos Serviços de Emprego do Continente, 72,8% tinham trabalhado em atividades do setor dos “serviços”, com destaque para as “Atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio”(29,1%); 21,0% eram provenientes do setor “secundário”, com particular relevo para a “Construção”(6,2%)"; e ao setor “agrícola” pertenciam 3,8% dos desempregados. O desemprego aumentou nos três setores de atividade económica face ao mês homólogo de 2019 - este aumento registou maior expressão no setor "serviços" (+42,8%).

 

Por: Idealista