Todos ajudam como podem, na confeção de máscaras, batas e cogulas, uns carregam caixas, outros fazem entregas, outras costuram a partir de casa, há quem empreste máquinas de costura, há os que procuram elásticos para comprar, até há os que não tendo jeito para a costura, levam bolos e outros doces para manter o ânimo a estas costureiras.
“Dá a tua mão” é um movimento que conta já com 17 costureiras que, desafiam o vírus e trabalham com afinco para ajudar no fornecimento de material essencial para a segurança dos profissionais de saúde do Algarve.
Elsa Pires refere, “há algum tempo investi cerca de 4mil euros em TNT, prevendo que o preço iria aumentar e o produto iria esgotar rapidamente, e foi escassa a resposta do apoio pedido às entidades locais. Comprei o TNT a 40 cêntimos o metro e neste momento, como eu tinha previsto, apesar de estar esgotado em quase todo o lado, os poucos que o vendem hoje, cobram quase 4 euros o metro, ainda bem que comprei nessa altura, porque assim temos material para ir confecionando as batas, as máscaras e as toucas necessárias a muitas instituições que prestamos apoio”.
Muitos dos Lares do Algarve já foram comtemplados, com batas e máscaras, fabricados pelo Movimento de Elsa Pires, nomeadamente os Lares de Benafim, Tôr, Boliqueime, Querença, Vale Silves, APPC de Faro e Olhão, Centro de Saúde de Faro, ainda o Hospital de Faro, a ARS Algarve e o INEM.
“Estamos a confecionar no mínimo 300 batas semanalmente que temos como objetivo entregar ao hospital e máscaras para as IPSS incluindo Lares e particulares que o necessitem, pedi apoio nas redes socias e consegui algum dinheiro, mas estou longe de cobrir o valor despendido. Diariamente confronto-me com a escassez de elásticos e da verba para os adquirir, mas vamos avançando”, realça Elsa Pires.
Fora do movimento e em termos empresariais, Elsa Pires faz e vende máscaras com vários tipos de tecido utilizando o algodão, a trevira antibacteriana e o cânhamo, todas com proteção TNT.
Elsa Pires destaca que “cada máscara é vendida por 15€ a quem pode pagar e zero euros a quem não pode pagar. Ninguém pode dizer que recusei oferecer e é com o valor que ganho nas que vendo que vou cobrindo a despesa das que ofereço”.
“Tenho comigo costureiras trabalhadoras, com um coração enorme, que desde suas casas, cumprindo o distanciamento social, não descansam, pois como eu, sabem que temos de proteger quem na linha da frente se bate por nós e por isso mesmo, é uma prioridade dar-lhes condições para executarem com toda a segurança o seu trabalho, até porque a nossa vida depende deles. Não queremos substituir o Estado nas suas funções, mas nunca poderemos deixar os profissionais de saúde sem proteção, se o Estado parece não conseguir suprimir as necessidades do Algarve”, remata Elsa Pires.
Quem quiser ajudar, pode comprar à própria, tecido TNT ao metro, pode ligar para Elsa Pires 916 134 188 e pedir mais informações ou através da Página do facebook https://www.facebook.com/elsa.pires.129
