O Conselho de Administração do Centro Hospitalar e Universitário do Algarve ( CHUA) decidiu realizar obras de manutenção na Unidade de Cuidados Intensivos ( UCI ), as quais implicam um encerramento do serviço durante um período estimado de dois meses.

Tal decisão, obrigou, desde já, a que os únicos três pacientes COVID-19 da região internados nos cuidados intensivos e sujeitos a ventilação fossem deslocados para o Hospital de Faro. Segundo o que é público, a obra - orçada em 23000 euros - respeita a restauração do piso de um corredor da unidade.

Durante este período, a região verá diminuída a sua capacidade de resposta, drasticamente no caso do barlavento algarvio, o que, em razão da incerteza reconhecida pelo Governo sobre a evolução da doença, causa apreensão e pode vir a revelar-se uma decisão precipitada.

Admitimos que as obras sejam necessárias, aliás, um dos aspetos mais negativos é o consistente défice de investimento nos hospitais do Algarve; porém, não estamos seguros que esta opção esteja isenta de riscos  e desejamos que seja reavaliada, no que diz respeito à oportunidade e duração.

Nesse sentido, os deputados do PSD Algarve, Cristóvão Norte, Rui Cristina e Ofélia Ramos, vão questionar o Ministério da Saúde sobre se entende oportuno o encerramento durante dois meses da Unidade de Cuidados Intensivos de Portimão, o que nos parece ser muito questionável. Apelam ainda os deputados, caso esta decisão se venha a manter, que a obra em causa seja realizada de modo rápido - trata-se de um mero arranjo de chão de um corredor -, pois não faz sentido que uma obra de tão pouca envergadura obrigue a tanto tempo de encerramento.

 

Os deputados do PSD

Cristóvão Norte

Rui Cristina

Ofélia Ramos