Governo diz que nos eventos corporativos não há limites de pessoas, mas as empresas estão a desistir de jantares de convívio ou ações de «teambuilding».

Natal está cada vez mais perto e começa a ser hora de pensar nos preparativos para celebrar a quadra.

Habitualmente, as empresas aproveitam a época para organizar eventos com os trabalhadores, mas este ano, em plena pandemia da Covid-19, como vai ser? A regra dos ajuntamentos limitados a cinco pessoas, determinada pelo Governo, não contempla estes casos, mas de momento são poucas as reservas e houve mesmo já cancelamentos de programas que estavam organizados.

«Dos poucos eventos planeados pelas empresas para o Natal nestes tempos de covid, muitos foram cancelados imediatamente a seguir ao anúncio do Governo», segundo declarou António Marques Vidal, presidente da Associação de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos (APECATE) ao Expresso.

«Mais de 80% dos eventos de empresas que estavam previstos para a época de Natal foram cancelados no espaço de dois dias, entre quarta e sexta-feira da semana passada (14 e 16 de outubro», detalha o responsável da associação, referindo que muitos destes eventos eram jantares de convívio entre os trabalhadores ou ações de 'teambuilding'.

Citados pelo semanário, os organizadores de eventos dizem que a atual situação «está a ser um desespero», já que os programas de Natal «para muitas empresas representam 20% a 40% da faturação de todo o ano, é a altura em que se atingem máximos de consumo».

«Não são só as empresas a desistir de fazer jantares e ações de motivação para os funcionários, também há entidades públicas, como é o caso das câmaras , que estão a cancelar as animações de Natal», adianta António Marques Vidal, detalhando que «iluminações, festas de Pai Natal, pistas de patinagem no gelo, e outras coisas que as autarquias costumavam fazer nesta altura do ano, tudo isso está a ser cancelado, o que também se estende aos centros comerciais».

Governo dá parecer sobre eventos corporativos

Segundo o presidente da APECATE, «as pessoas andam desnorteadas», e por muito que se esclareça que as regras dos ajuntamentos não se aplicam a determinados eventos, «o problema é que o medo já se instalou nas empresas, que vivem de momento em pânico»,

Face à confusão que se instalou no seto, o Governo esclareceu à APECATE, a pedido da associação, que limitação dos ajuntamentos a cinco pessoas não se aplica nestes casos.

No atual estado de calamidade, o que vigora para os eventos corporativos, incluíndo ações de Natal, é que não há limite de pessoas, quer se realizem em «espaços adequados para o efeito», como hotéis ou recintos de feiras, em ambiente fechado ou ao ar livre, desde que se cumpram todas as regras sanitárias.

Segundo os serviços jurídicos da Secretaria de Estado do Turismo, «o limite de aglomerações superiores a cinco pessoas não é aplicável a este tipo de eventos», pode ler-se no artigo escrito pelo jornal.

 

Por: Idealista