O Gil Vicente venceu hoje por 1-0 o Portimonense, na segunda jornada da I Liga portuguesa de futebol, o primeiro jogo da equipa minhota na prova, após o adiamento do encontro da ronda inaugural, imposto pelas autoridades sanitárias.

Um golo do avançado brasileiro Lino, aos 50 minutos, foi suficiente para os gilistas se estrearem a vencer na receção aos algarvios - que falharam uma grande penalidade aos 36, pelo defesa Lucas Possignolo -, depois de o jogo com o Sporting ter sido adiado devido a vários casos de covid-19 nos plantéis das duas equipas.

O Gil Vicente passou a totalizar três pontos, juntando-se ao grupo dos quintos classificados, enquanto o Portimonense continua sem vencer na prova, contabilizando apenas um, fruto do empate na primeira jornada.

ogo no Estádio Cidade de Barcelos.

Gil Vicente - Portimonense, 1-0.

Ao intervalo: 0-0.

 

Marcador:

1-0, Samuel Lino, 50 minutos.

 

Equipas:

- Gil Vicente: Denis, Joel Pereira, Ygor Nogueira, Rúben Fernandes, Talocha, Lucas Mineiro (Rodrigão, 78), João Afonso, Claude Gonçalves, Samuel Lino (Lourency, 78), Antoine Léautey (Boubacar Hanne, 75) e Miullen (Leandrinho, 62).

(Suplentes: Daniel Fuzato, Rodrigão, Tim Hall, Souleymane, Vítor Carvalho, Leandrinho, Ahmed Isaiah, Boubacar Hanne e Lourency).

Treinador: Rui Almeida.

- Portimonense: Samuel, Lucas Possignolo (Koki Anzai, 46), Willyan, Maurício, Fali Candé (Henrique, 65), Pedro Sá (Beto, 59), Dener, Lucas Fernandes, Welinton Júnior (Aylton Boa Morte, 46), Júlio César (Anderson Oliveira, 46) e Fabrício.

(Suplentes: Ricardo Ferreira, Koki Anzai, Lucas Tagliapietra, Henrique, Fernando, Luquinhas, Aylton Boa Morte, Anderson Oliveira e Beto).

Treinador: Paulo Sérgio.

 

Árbitro: António Nobre (Associação de Futebol de Leiria).

Ação disciplinar: cartão amarelo para Koki Anzai (52), Ygor Nogueira (59), Fali Candé (64), Anderson Oliveira (74) e Lourency (90+4).

Assistência: Jogo realizado à porta fechada devido à pandemia de covid-19.

Rui Almeida (treinador do Gil Vicente): "Depois de todos estes acontecimentos das últimas três semanas [18 casos de covid-19 no clube de Barcelos], houve superação mental face a tudo o que se tinha passado, superação física, depois dos jogadores terem sido obrigados a trabalho individual, que não é igual. Os meus parabéns a eles, por se mostrarem assim, num jogo que seria difícil. Era importante entrar bem.

Antes do penálti, tivemos duas ou três ocasiões claras para golo. Foi muito importante para a confiança da equipa [Dénis ter defendido o penálti]. Reagimos bem a esse momento. Pegámos no jogo novamente. Nos minutos finais, foi uma situação diferente. Deveríamos pressionar mais o portador de bola e não permitir o jogo direto deles. Nestas cinco semanas de trabalho, trabalhámos três. A equipa está em crescimento e houve jovens que acabaram de chegar. Queremos passar as ideias à equipa o mais rapidamente possível.

[Sobre a quarentena do Gil Vicente e o alegado desconhecimento do Portimonense sobre a sua equipa] Hoje, temos ao nosso dispor ferramentas para chegarmos à informação. Faz parte do nosso trabalho pensar o jogo para atacar o adversário da forma mais forte possível. Mas eu peço sempre mais da minha equipa do que do adversário. Tínhamos algumas limitações. Temos alguns jogadores que saíram há 48 horas de quarentena. Queríamos criar alguma incerteza quanto à nossa saída de bola.

Estou feliz pelo regresso [ao futebol português]. Entrar bem é sempre fantástico e trabalhar sobre vitórias dá confiança aos atletas. A minha carreira foi construída sempre a pulso. É um orgulho chegar a esta casa, numa região em que tenho raízes familiares.

Em relação ao Samuel [Lino] e ao Antoine [Léautey], são jovens e têm muita qualidade. Estamos cá para os ajudar a serem o melhor possível. Vamos ajudá-los a crescer. O individual não é importante se o coletivo não tiver sucesso. Hoje, tivemos sucesso. Eles trabalharam muito para a equipa".

 

Paulo Sérgio (treinador do Portimonense): "Não fomos a equipa que queremos ser ao longo dos 90 minutos. Melhorámos bastante na segunda parte, mas não tivemos eficácia. Na primeira parte, perdemos uma grande penalidade que nos poderia dar outro conforto no jogo. Não entrámos nada bem. Entrou melhor o Gil. Mas, antes do penálti, tivemos um bom período.

O que mais me preocupa são alguns erros infantis ao longo dos 90 minutos. Um dá o golo do Gil. Noutros dois ou três, o Gil não aproveitou. Depois, tivemos quatro ou cinco bolas para golo, mas não aproveitámos. Viu-se alguma apatia em alguns jogadores. Mas há um sabor a injustiça por não levarmos pelo menos um ponto daqui.

Viemos para esta partida não tão munidos de informação quanto desejaríamos [devido aos casos de covid-19 que atrasaram o regresso gilista à competição]. Tínhamos muito menos informação acerca do Gil. Isto teve alguma influência, mas não desculpa tudo.

No primeiro jogo [empate com o Paços de Ferreira], referi alguns erros de índole coletiva. Neste, cometemos erros de índole individual. Melhorámos nos aspetos em que falhámos na primeira jornada, mas, neste jogo, houve uma apatia em alguns jogadores que não esperava, tendo em conta o que fizemos na pré-época. Que acordem, porque a competição já começou".