GRIPE ALASTRA A TODO O TERRITÓRIO
  • Farmácias já registam atividade igual ao pico do ano passado
  • Intensidade ainda vai aumentar
  •  Madeira e distrito de Faro mais afetados

Na primeira semana do ano, o surto de gripe vai alastrar a todo o país, de acordo com a previsão do «Despertador das Farmácias», barómetro que antecipa a atividade gripal a partir dos dados da dispensa de medicamentos.

Na Região Autónoma da Madeira, no distrito do Algarve e no concelho de Almodôvar o surto vai atingir o grau 4 (alto). É nestas regiões que se prevê maior afluência aos serviços de saúde. No restante território continental e nos Açores, o surto vai atingir grau 3 (moderado) na primeira semana do ano, mas ainda com tendência para o aumento de novos casos, de acordo com a previsão do Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (CEFAR), da Associação Nacional das Farmácias.

«De acordo com os dados provenientes da atividade das farmácias, já alcançámos o nível de atividade epidémica correspondente ao pico de gripe da temporada do ano passado», declara António Teixeira Rodrigues, diretor do CEFAR.  «Como a atividade da gripe ainda deverá continuar a aumentar, podemos dizer que o surto que atravessamos é pelo menos tão severo quanto o anterior», acrescenta.

As farmácias rejeitam qualquer razão para alarmismos, «até porque o surto do ano passado foi moderado».  As pessoas devem é tomar de imediato medidas de prevenção dos contágios, como lavar frequentemente as mãos, evitar ambientes fechados com grande concentração de pessoas e usar lenços descartáveis, aconselham ainda as farmácias.

O «Despertador das Farmácias»prevê a atividade gripal, concelho a concelho, com base nos números diários da dispensa de medicamentos e produtos de saúde. A rede de farmácias atende, em média, 520 mil pessoas por dia. Esse contacto em massa com a população permite antecipar em duas semanas a evolução da epidemia. «Testámos o modelo com os dados reais dos últimos cinco anos. O poder de antecipação das farmácias é uma evidência», declara Peter Heudtlass, investigador do CEFAR.

 

Por: Lpm