Ana Rita Bessa já esta semana questionou a Ministra da Saúde sobre a recusa dos cirurgiões do Hospital de Faro em prestar trabalho suplementar no Serviço de Urgência, desde o dia 1 de dezembro.

Dia 5 de dezembro, ao final da tarde, fomos confrontados com a notícia de que os chefes de equipa de Cirurgia do Hospital de Faro estão indisponíveis para fazer urgências a partir de 1 de janeiro, e que a administração diz que o serviço será garantido com médicos externos.

Entre os problemas enumerados pelo chefe do serviço de Cirurgia constam «persistência das atuais, inaceitáveis e degradadas condições de trabalho no serviço de Urgência», nomeadamente limitações de espaço e de condições para observar os doentes – uma única sala onde têm de observar 30 a 40 doentes –, falta de camas para internamento de doentes urgentes e dificuldades no acesso ao bloco operatório.

Uma vez mais, o Grupo Parlamentar do CDS-PP não pode deixar de ficar muito apreensivo e preocupado com mais este problema que se está a viver no Hospital de Faro porque entendemos que é, de facto, gravíssimo e preocupante.

Neste sentido, a deputada do CDS-PP quer saber se a ministra confirma a manifestação de recusa por parte dos cirurgiões do Hospital de Faro em fazer urgências a partir de dia 1 de janeiro, qual é, concretamente, o plano do Governo para solucionar rapidamente mais este problema do Hospital de Faro e evitar que parem as cirurgias na urgência do Hospital de Faro e de que forma está a articular com o Conselho de Administração do CHUA a dotação de condições para assegurar a normalização do funcionamento daquele Serviço de Urgências, e, finalmente, questiona se a ministra está em condições de assegurar que a segurança dos utentes que recorrem ao Hospital de Faro e que a qualidade dos cuidados de saúde que lhes são prestados não estão, de modo algum, em causa.

 

Por: CDS