O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, admitiu hoje no Algarve que a pandemia afetou a prevenção dos incêndios, tornando as condições de combate «difíceis», sobretudo por se tratar de um verão muito quente.

"Quanto à prevenção, ela sofreu, há que dizer, de facto, sofreu com a pandemia. Os meses que eram meses cruciais da transição da primavera para o verão foram meses acabados por não existir”, disse aos jornalistas durante uma visita ao lar de idosos da Santa Casa da Misericórdia de Boliqueime, em Loulé, no distrito de Faro.

O facto de as pessoas não poderem sair, devido ao confinamento, ou estarem muito limitadas entre março e junho, acabou por ser “uma limitação, que obriga agora que o combate seja um combate, esperemos que à altura do que tem sido, mas em condições difíceis", acrescentou.

“Até agora o que se pode dizer é que, na generalidade dos casos, houve capacidade de resposta, sobretudo nos grandes casos, nos grandes fogos”, notou, lamentando o “azar” da morte de dois bombeiros no terreno, um num acidente de viação e outro devido a um ataque cardíaco.

No lar de idosos que o Presidente da República visitou registou-se um foco de covid-19 em abril - com cerca de 40 utentes e funcionários infetados -, até agora, o maior surto verificado em lares na região, que provocou cinco mortes entre os utentes.

Marcelo Rebelo de Sousa foi recebido com aplausos e palavras de apoio na instituição e até recebeu uma imagem do santo padroeiro de Boliqueime, São Sebastião, benzida pelo pároco local.

A partir das 20:00 Marcelo Rebelo de Sousa vai reunir-se com os presidentes de câmara do Algarve num jantar de trabalho, na freguesia serrana de Querença, também no concelho de Loulé.

Esta é a terceira visita do chefe de Estado ao Algarve este mês, depois de já ter passado por Vila Real de Santo António e Lagos.