A habitação construída para arrendar será a grande aposta, antecipa um estudo da JLL.

Investidores preparam lançamento de 3.000 casas para arrendar nos próximos anos

Multifamily, PRS (Private Rental Scheme) ou BTR (Build To Rent). Múltiplas designações para um conceito relativamente simples de explicar. 

Ou seja, habitação construída de raiz destinada a arrendamento

Trata-se de um segmento alternativo que gera milhões lá fora e que tem tudo para vingar «cá dentro», numa altura em que 'millennials', classes média e média baixa, estudantes ou profissionais deslocados, precisam de soluções para viver que não passem pela compra de casa.

E Portugal tem, de facto, quase tudo – a necessidade e investidores interessados –, mas falta-lhe algo importante: produto disponível.

O mais recente estudo da JLL, «Multifamily – A market on the rise», aponta o país como um dos que apresenta maior potencial na Europa para a expansão deste modelo, e não tem dúvidas que irá emergir como «grande aposta» dos investidores nos próximos anos, com projetos que irão trazer cerca de 3.000 fogos para arrendamento ao mercado nacional já a partir de 2023, corrigindo o problema da oferta.

Este é um segmento em alta há já vários anos, nos EUA, e apresenta-se como um dos mercados mais consolidados da Europa – tem atraído o interesse dos principais investidores institucionais que encaram este segmento alternativo como uma oportunidade de criar valor de longo prazo e com rendimento estável.

Só em 2019, o Multifamily movimentou 52,96 mil milhões de euros no espaço europeu, destacando-se países como a Alemanha, com 19,43 milhões de euros de investimento ou a Dinamarca, com 6,96 milhões de euros.

 E 2020 segue a todo o vapor: foram movimentados cerca de 31 mil milhões só nos primeiros seis meses do ano.

 

Por : Idealista