Francisco Oliveira já nos habituou a grandes primeiras voltas e ontem (quinta-feira) voltou a arrancar cheio de força no 2.º Open XiraGolfe. O algarvio de Olhão assumiu o comando da primeira volta com um cartão de 69 pancadas, 3 abaixo do Par do Ribagolfe Lakes, em Benavente.
Sob um sol escaldante e com vento, os 52 participantes do torneio coorganizado pelo XiraGolfe com a PGA de Portugal e PGA de España viveram uma autêntica provação num campo desafiante, que já recebeu a Escola de Qualificação do DP World Tour.
«Correu tudo bem, conseguiu jogar bem e recuperar algumas pancadas que tinha perdido no início da volta e fiz um bom resultado», disse Francisco Oliveira em declarações à SportTV, após uma primeira volta em que saiu do buraco 10 e só sofreu 1 bogey, no buraco 18. Em contrapartida, converteu 3 birdies, nos buracos 14, 16, 7 e 8.
«Na Terceira também arranquei com 69, 3 abaixo, mas no segundo dia caí um bocadinho na tabela e esperemos que consiga aprender com isso para amanhã entregar mais um bom cartão», acrescentou o jogador que já tem participado em algumas provas do Pro Golf Tour, a terceira divisão europeia, e que no circuito profissional português é conhecido por grandes arranques. De facto, também no Campeonato Nacional PGA Solverde de 2020, em Vidago, era o 2.º classificado aos 18 buracos.
Há um ano, quando a primeira edição do Open XiraGolfe realizou-se no Santo Estêvão Golfe, foi 7.º classificado com 3 acima do Par. Este ano, em Ribagolfe, começa a sentir-se recuperado da lesão que o afetou no ano passado.
«Sofri uma lesão e tive de ser operado. Afastei-me do golfe, mas estou de volta. Foi num joelho, uma rutura no menisco», explicou a antiga estrela dos Skyhawks da Point University, nos Estados Unidos, que ganhou quatro torneios no circuito universitário americano.
Francisco Oliveira é perseguido a apenas 1 pancada de distância pelo espanhol Haiko Dana e pelo andorrenho Kevin Esteve.
O jogador de Andorra deveria estar a liderar a prova, mas no último buraco, o 18, fez um triplo-bogey. Ultrapassou o green, ficou com um mau lie, dropou, deu um “sapo” (como se diz na gíria golfística), só depois chegou ao green, o primeiro putt foi quase uma “gravata” e só meteu a bola no buraco ao segundo putt.
O campeão nacional absoluto, Pedro Lencart, partilha o 4.º lugar com João Ramos, com 71 (-1) e estes foram os únicos cinco jogadores, dos 52 participantes, que bateram o Par do campo no primeiro dia.
O campeão em título, Tiago Cruz, teve um dia menos feliz e é 22.º empatado com 78 (+6); a melhor jogadora é a ex-tetracampeã nacional Susana Ribeiro, empatada em 16.ª com 77 (+5); e o melhor amador é o ainda juvenil Konstantin Mirkitumov, empatado em 13.º com 76 (+4).
O 2.º Open XiraGolfe distribui 20 mil euros em prémios monetários e termina no Sábado. No Domingo, disputa-se o Pro-Am Cimpor já no campo do Santo Estêvão Golfe, também em Benavente.
O Open XiraGolfe não conta apenas para os rankings das PGA’s de Portugal e de España, mas também para o ranking de profissionais da FPG e, sobretudo, para o ranking mundial amador.
A segunda volta começa às 8h30 do dia 22, com saídas em simultâneo dos buracos 1 e 10.