O Portimonense e o Paços de Ferreira empataram hoje 0-0, em encontro da 16.ª jornada da I Liga de futebol, que envolveu duas equipas «aflitas» na parte baixa da tabela.

Com este nulo, os pacenses mantiveram-se fora da zona de descida, tendo subido provisoriamente ao 15.º lugar, com 15 pontos, os mesmos do 16.º, o Belenenses SAD, enquanto os algarvios conservaram o 17.º e penúltimo lugar, agora com 14 pontos.

 

FICHA

Equipas:

- Portimonense: Ricardo Ferreira, Hackman (Anzai, 76), Jadson, Lucas, Fernando (Bruno Costa, 46), Henrique, Dener, Pedro Sá, Aylton Boa Morte, Marlos Moreno (Anderson Oliveira, 66) e Jackson Martinez.

(Suplentes: Gonda, Rómulo, Beto, Anderson Oliveira, Anzai, Willyan e Bruno Costa).

Treinador: António Folha.

- Paços de Ferreira: Ricardo Ribeiro, Bruno Santos (Uilton, 73), Marco Baixinho, Maracás, Oleg, Pedrinho, Eustáquio, Vasco Rocha (Murilo, 88), Adriano (João Amaral, 67), Hélder Ferreira e Diogo Almeida.

(Suplentes: Simão Bertelli, André Micael, Bruno Teles, Welthon, Uilton, João Amaral e Murilo).

Treinador: Pepa.

Árbitro: Hugo Miguel (AF de Lisboa).

Ação disciplinar: Cartão amarelo para Maracás (58), Jackson Martinez (65), Bruno Santos (73), Pedro Sá (80) e Marco Baixinho (86).

Assistência: 2.452 espetadores.

 

COMENTÁRIO

Portimonense e Paços de Ferreira anularam-se hoje, ao empatarem a zero, em Portimão, na 16.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, jogo entre duas equipas 'aflitas' e que tentam fugir aos lugares da despromoção.

No Municipal de Portimão, ambos os conjuntos apresentaram um futebol de fraco nível, sem ocasiões de perigo que ameaçassem qualquer uma balizas, apenas com o registo de um remate na direção da baliza para os algarvios, onde Dener, aos 70 minutos, cabeceou para as mãos do guarda-redes Ricardo Ribeiro.

O Portimonense entrou melhor no jogo e, aos três minutos, Jackson Martinez chegou atrasado ao cruzamento de Henrique, que colocou a bola perto da marca de grande penalidade na marcação de um livre, perdendo a oportunidade para abrir o marcador.

A partir daqui, o Paços de Ferreira tomou conta do jogo, controlou a bola a meio-campo, mas sem conseguir encontrar espaços e os caminhos para a área dos algarvios, com os defesas a anularem as investidas aos homens comandados por Pepa, toada que se manteve até ao descanso.

No segundo tempo, António Folha alterou a forma de jogar dos algarvios, ao meter o médio Bruno Costa, reforço de 'inverno' do emblema de Portimão contratado ao FC Porto, o que deu maior 'agressividade' ao meio campo na recuperação da bola e na saída para o contra-ataque.

Contudo, embora tendo conseguido maior ascendente ofensivo durante toda a segunda parte, os algarvios foram incapazes de materializar essa supremacia em ocasiões de perigo para a baliza de Ricardo Ribeiro.

A falta de dinâmica no futebol dos algarvios e as opções do treinador António Folha foram contestadas ao longo de toda a partida, com os adeptos a apuparem a equipa.

Num jogo de 'aflitos' esperava-se mais também do lado do Paços de Ferreira, equipa que durante a segunda parte não fez qualquer remate à baliza algarvia.

 

DECLARAÇÕES

Declarações após o jogo Portimonense-Paços de Ferreira, que terminou com empate 0-0, da 16.ª jornada da I Liga de futebol:

António Folha (treinador do Portimonense): "Claro que não é o resultado que queríamos, mas, face às oportunidades que tivemos e que não conseguimos concretizar, é mais um ponto. Não era dia de elas [bolas] entrarem. O resultado é que empatámos, fizemos mais um ponto.

A luta vai ser dura até ao fim, mas temos de continuar fortes e trabalhadores para dar a volta a esta situação. Até agora, as coisas não têm estado a sair como pretendíamos, até na finalização temos tido dificuldades. Não perdemos este jogo, mas temos de tirar do resultado e do jogo os aspetos positivos.

A equipa na primeira parte jogou com algum receio de errar, com alguma insegurança, os jogadores estavam acanhados devido ao facto de estarem a jogar em casa com o público a manifestar algum desagrado.

Com a entrada do Bruno Costa tentámos encontrar alguma superioridade no meio-campo, conseguimos, e chegámos mais vezes a zonas em que podíamos ter finalizado melhor.

O António Folha não está acomodado ao lugar, não é um rato do esgoto que se esconde e quando as pessoas da direção quiserem que o Folha saia, estão à vontade.

As pessoas [adeptos] estão tristes, porque o Portimonense não ganhou o jogo, mas não estou preocupado. A direção confia no meu trabalho e não me deixam sair.

Eu tenho caráter, dignidade, e sabem que me podem mandar embora quando quiseram. Não há problema nenhum. O descontentamento dos adeptos não é de agora vem desde o primeiro dia.

Estamos conscientes de que temos de trabalhar muito e isso faz-me ter força para continuar.”

Pepa (treinador do Paços de Ferreira): "É um ponto positivo, porque isto é uma maratona e todos os pontos são importantes.

Fizemos uma primeira parte de grande nível, onde a equipa esteve bem, com personalidade, caráter e a bloquear o jogo adversário, mas, na segunda parte, o Portimonense melhorou e criou-nos muitas dificuldades, o que nos deixou mais desconfortáveis.

Na segunda parte, o Portimonense apresentou um jogo mais físico e isso criou-nos mais dificuldades, tendo conseguido fazer a bola andar mais perto do nosso meio-campo e perdemos capacidade de termos mais bola.

Acabou por ser jogo um emotivo sem oportunidades para as duas equipas, mas destaco o caráter dos meus jogadores, principalmente na primeira parte.”

 

Por:Lusa