Portugal já recebeu 3.321 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), segundo se lê no último relatório da estrutura de missão Recuperar Portugal, responsável pela execução do PRR. Deste montante, no entanto, apenas chegaram às famílias e empresas 154 milhões de euros – 110 milhões e 44 milhões de euros, respetivamente –, o equivalente a apenas 5% do «bolo» total.
De acordo com o documento, datado de 3 de novembro, as entidades públicas são os principais beneficiários do PRR, com 302 milhões de euros atribuídos. Seguem-se as empresas públicas (230 milhões) e as escolas (212 milhões), e só depois as famílias, com os já referidos 110 milhões de euros. A fechar o top cinco encontram-se as autarquias e as autoridades metropolitanas, que receberam 49 milhões de euros.
Os dados do relatório permitem ainda concluir, por exemplo, que Portugal já recebeu da Comissão Europeia (CE) 3.321 milhões de euros, correspondendo a 20% do envelope total. Porém, apenas 1.007 milhões foram efetivamente pagos, estando aprovados outros 9.616 milhões de euros.
De referir que as verbas enviadas pela CE só podem ser desbloqueadas se os Estados-membros cumprirem um conjunto de marcos e metas estabelecidas com Bruxelas. Portugal recebeu o primeiro desembolso em maio, após ter cumprido 38 marcos e metas e ter beneficiado de um pré-financiamento de milhões em agosto de 2021. Aguarda, agora, por um segundo desembolso de 1,8 mil milhões, escreve o Jornal de Negócios.
Por: Idealista