Ontem, 23 de janeiro, a ministra da Saúde deslocou-se à região, desta feita para prestar uma homenagem póstuma ao médico Manuel dos Santos Serra, e quando interpelada pelos órgãos de comunicação social acerca do futuro Hospital Central do Algarve, a mesma, porventura num assomo de honestidade, confirmou aquilo que o PSD vem há mais de quatro anos anunciando.

Ao afirmar que «… aqui no Algarve, onde há tantos anos está anunciada uma nova infraestrutura, temos, em 2020, de planear, de modo a que em 2021, possamos começar a executá-la.» E logo depois, para que as suas palavras não fossem entendidas como um compromisso, se apressou a dizer «… não estamos a falar de obras. Estamos a falar de estudos, de garantia de investimento, de decisões sobre a carteira de serviços e o caderno de encargos, para poder responder a essa necessidade dos algarvios», o Governo Socialista, pela voz da sua ministra da Saúde, confirmou aquilo que há mais de 4 anos, o PSD/Algarve e os seus deputados na Assembleia da República têm vindo a afirmar. Ou seja, o Governo Socialista e o PS/Algarve abandonaram os algarvios no que respeita aos cuidados de saúde hospitalares.

A Comissão Política do PSD/Algarve recorda que nada consta no OE de Estado de 2020 ou no quadro plurianual de investimentos, até 2023, quanto à construção do novo Hospital Central do Algarve, nem relativamente à realização de investimentos em equipamentos ou obras de conservação profundas para os Hospitais de Faro e de Portimão, as quais são indispensáveis para prolongar a vida útil desses equipamentos.

E no que concerne à homenagem ao médico Manuel dos Santos Serra, que por coincidência foi um destacado regional militante do PS, Comissão Política do PSD/Algarve recorda que existem muitos outros médicos, igualmente a título póstumo, que mereciam essa distinção. E citando um post o Francisco Amaral colocou ontem no Facebook, também ele um médico que muito tem feito pela saúde dos algarvios, e presidente da câmara de Castro Marim, eleito nas listas do PSD «… também há outros médicos para homenagear, a título póstumo. Por exemplo, o Dr. Santos Pereira e o Dr. Larguito Claro. Ao primeiro, entre outras iniciativas, deve-se a criação da associação oncológica do Algarve e a criação da unidade de radioterapia do Algarve. O segundo foi o único dermatologista no Algarve, a trabalhar no Serviço Nacional de Saúde, durante anos e anos. Estes 2 médicos realizaram obras notáveis, não de âmbito concelhio mas sim de âmbito regional. O Algarve e os algarvios muito devem ao Dr. Santos Pereira e ao Dr. Larguito Claro. É de elementar justiça, homenagear estes 2 exemplos de dádiva aos outros, com a colocação de 2 bustos no hospital de Faro. De facto, não exerceram nenhuma marcada atividade partidária na região, mas penso que isso, para qualquer governante com sentido de Estado, não terá importância...»

 

A Comissão Política Distrital do PSD/Algarve