Ao longo dos anos vários políticos têm defendido os seus ideais baseando-se em fatores de necessidade para a população. Entre campanhas e debates disputam-se eleições, porém também se discutem, entre listas, os lugares que serão ocupados…

Da população recebem-se as várias críticas que na maior parte das vezes são de deceção com o desempenho político: “Os partidos são feitos por pessoas… “, “As pessoas estão fartas dos partidos, os políticos só querem é tachos…”. Estes são alguns dos comentários que se recebe da população!

E na verdade, o verdadeiro poder político pertence ao povo, sendo que este pouco se identifica com a política retórica ao longo dos anos.

No curto percurso político que tenho feito, venho observando os vários comportamentos e atitudes tomadas pelas pessoas que integram os vários partidos, é certo que muito ainda terei para observar e aprender e é certo também que muito provavelmente irei cometer alguns erros e bem sabemos que nunca poderemos estar em concordância com todo o meio que nos envolve. Porém de uma forma geral, penso que em todos os partidos existem fatores que são levados em consideração pelo povo, mas existem também pessoas que “usufruem” de um título de dirigente ou representante em benefício próprio e sem considerarem as suas responsabilidades pela sociedade.

Em Quarteira, por exemplo, o povo está farto de servir de cobaia para as experiências políticas que são alvo, nomeadamente quando confiam determinados assuntos ao poder vigente e não vêm correspondidas as suas necessidades.

Bota Espadinha, após vários anos de liderança, afirmou que deixara de pertencer ao partido político do qual fazia parte, passando a ser apenas “um presidente do povo” quando venceu as eleições autárquicas. O mesmo foi citado pelo ex-presidente da Junta de Freguesia de Quarteira, José Mendes, no recente vídeo do PSD Quarteira “Um Passado Vivo no Presente”. Mas podemos nós, enquanto população, receber essa dedicação de todos os nossos eleitos?

Quanto valerá um título? Ou será um cargo?

A meu ver, um cargo deverá ser desempenhado com consciência, dedicação e respeito pela confiança depositada pelo povo! Já um título adequa-se talvez ao oportunismo político!

A política é de facto importante e necessária, porém esta só deverá existir aquando a intervenção e interesse da população que representa a sua terra!

Enquanto mulher, representante de um movimento partidário feminino em Quarteira, defendo a igualdade política entre homens e mulheres, que muito tem evoluído ao longo dos tempos, mas luto acima de tudo pelo respeito e responsabilidade a que todos os cargos exigem, para que os mesmos passem a ser vistos pelas populações como os cargos merecidos que são e não apenas como meros títulos. E como dizia Francisco Sá Carneiro: “Em democracia, aquilo que o povo quiser o povo terá”, ou, pelo menos, deverá ter.

 

Iolanda Melo

Coordenadora das Mulheres Social Democratas de Quarteira

Iolandamelo.quarteira@gmail.com