A campanha de IRS arrancou a 1 de abril de 2020, e prolonga-se até ao próximo dia 30 de junho.

Está em marcha a campanha do IRS. O prazo de entrega da declaração de rendimentos ao Fisco, relativa a 2019, arranca hoje, 1 de abril de 2020, prolongando-se até 30 de junho.  A “corrida” ao Portal das Finanças é habitual, mas o Fisco já veio avisar que este ano não se compromete com reembolsos rápidos, dada a situação vivida no país. Aos mais velhos, pede cautela, e que evitem ao máximo as deslocações aos serviços das Finanças.

Os contribuintes terão três meses para cumprir com as suas obrigações fiscais e fazer chegar o seu formulário de rendimentos à Autoridade Tributária (AT). Poderão fazê-lo confirmando o IRS automático, se reunirem as condições para tal, ou preencher o Modelo 3, como o idealista/news explicou, neste guia. A esperança de receber o imposto mais cedo leva muitos contribuintes a uma corrida ao Portal, nos primeiros dias da campanha, mas este ano, e dado o estado de emergência, a AT não se compromete com os reembolsos de IRS automático em 11 dias.

A AT adianta, aliás, num comunicado citado pelo Público, que “não há vantagem em entregar a declaração de IRS logo nos primeiros dias de abril, pois — tal como em todos os anos — o processamento generalizado das declarações não se inicia de imediato, sendo conveniente fazê-lo mais tarde para evitar eventuais dificuldades de acesso ao Portal das Finanças”. O Fisco lembra que tem uma grande parte dos trabalhadores em teletrabalho, o que quer dizer que as redes, estando também elas sobrecarregadas, podem dificultar o agilizar destes processos.

Numa entrevista à TSF, o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, anunciou que o Estado vai devolver cerca de três mil milhões de euros, o equivalente a 1,5% do PIB, aos portugueses, em reembolsos do IRS nos próximos meses, um esforço de tesouraria de tesouraria que, diz, será necessário fazer.

Idosos devem evitar ida aos serviços

O Fisco está ainda a aconselhar os cidadãos, sobretudo os mais velhos, e pelo menos para já, a não irem aos serviços de Finanças para o preenchimento da declaração com ajuda de um funcionário.

“Considerando que o prazo de entrega decorre até 30 de junho, apelamos a que os contribuintes não saiam de casa para procurar apoio no preenchimento da declaração de IRS, sobretudo os mais idosos. Aliás, nos anos anteriores, verificou-se que um número significativo de contribuintes que não estariam sequer obrigados a entregar a declaração de IRS procuraram presencialmente o apoio dos serviços de Finanças e das juntas de freguesia [por causa do nível de rendimentos]”, refere ainda AT em comunicado.

 

Por: Idealista