O PCP realizou a 1 de Junho uma jornada de contacto com os trabalhadores e populações algarvias que contou com a participação do deputado João Dias que, desde Novembro do ano passado, tem mantido uma presença e intervenção em torno dos problemas que atingem os trabalhadores e populações algarvias.

A situação que se vive no Grupo JJW (empresa do ramo hoteleiro) com cerca de 500 trabalhadores com salários em atraso, e conhecido que é também o facto do seu proprietário ser um multimilionário estrangeiro confirmando o aproveitamento que esta empresa está a fazer do surto epidémico, levou a que se tenha realizado uma concentração destes trabalhadores junto a um dos hotéis promovida pelo Sindicato da Hotelaria. O PCP marcou presença nesta concentração, transmitiu a sua solidariedade à luta destes trabalhadores e exigiu do Governo uma intervenção para pôr fim a esta situação no seguimento da pergunta que já tinha efetuado na Assembleia da República sobre esta matéria.

A delegação do PCP reuniu-se ainda com duas associações algarvias. Com a Associação Humanitária de Nadadores Salvadores de Faro foi possível aprofundar os aspetos decorrentes da situação de precariedade, dos baixos-salários, da falta de formação profissional e do número insuficiente de nadadores salvadores existentes numa região cujas atividades balneares se estendem muito para lá do período oficial, com os riscos e os problemas que são conhecidos. Com a ARMALGARVE Polvo – Associação de Produtores sediada em Quarteira, a delegação do PCP abordou uma vez mais os problemas que atingem a pesca em geral e a pesca do polvo em particular. Uma vez mais o PCP reafirmou o seu posicionamento favorável ao desenvolvimento das atividades produtivas na região, à valorização do preço do pescado em lota, à elevação dos rendimentos dos pescadores que foram também atingidos em consequência do surto epidémico.

A jornada do PCP terminou com a realização de uma Tribuna Pública junto ao terminal de transportes rodoviários em Faro. Os problemas relacionados com as insuficiências na reposição dos transportes públicos em toda a região quer para estudantes quer para a população em geral, as novas exigências financeiras que estão a ser colocadas pelo grupo económico privado que domina o transporte rodoviário no Algarve (Grupo Barraqueiro) às autarquias e a necessidade de um serviço público de transportes que responda efetivamente às necessidades de mobilidade e desenvolvimento regional foram atentamente ouvidas pelas dezenas de participantes e pela população que assistiu a esta iniciativa que, dada a situação sanitária, cumpriu as regras recomendadas pela DGS.

 

O Secretariado da Direção da Organização Regional do Algarve do PCP