No segundo trimestre de 2020, ou seja, em plena pandemia da Covid-19, a taxa de poupança em Portugal acelerou para um novo máximo, tendo aumentado para10,6%, mais 3,1% que nos primeiros três meses do ano (7,5%).

Em causa estão dados divulgados esta quarta-feira (23 de setembro de 2020) pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Esta é, de resto, a taxa de poupança mais elevada desde o segundo trimestre de 2013 (10,8%). 

“(...) A taxa de poupança das famílias aumentou em 3,1% para 10,6% do rendimento disponível, em consequência da (...) diminuição da despesa de consumo que mais do que compensou a redução de 0,4% do Rendimento Disponível Bruto (RDB). Esta redução foi determinada pela diminuição de 0,6% das remunerações e de 1,1% do Excedente bruto de exploração (EBE)”, lê-se no boletim do INE.

Segundo o instituto, a “taxa de poupança das famílias aumentou 12,0 p.p. no 2º trimestre de 2020 face a igual trimestre do ano anterior, refletindo sobretudo a redução do consumo privado, designadamente do consumo privado de bens duradouros”. 

O INE destaca, ainda, o facto dos efeitos da pandemia terem “um impacto significativo sobre os atuais resultados”, recordando que foram tomadas no país diversas medidas de contenção da propagação do COVID-19, tendo sido decretado o estado de emergência no dia 18 de março. “O estado de emergência manteve-se até 2 de maio, quando foi substituído pela situação de calamidade que vigorou entre 3 de maio e 30 de junho. O segundo trimestre de 2020 constitui assim o primeiro trimestre onde o efeito da pandemia se fez sentir durante todo o período”, sublinha.

 

Por: Idealista