Mais de sete mil anos de ocupação humana estão retratados na exposição «Loulé – territórios, memórias, identidades» que é inaugurada hoje, no Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa.

A inauguração da exposição conta com a presença do ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes, cujo avô era arqueólogo e natural de Loulé.

A mostra reparte-se por vários núcleos que revelam os achados arqueológicos que melhor testemunham a história do concelho de Loulé, desde a Pré-história à Idade Medieval, passando pelas épocas Romana e Islâmica.

“Aqui, tudo fala de um tempo antes da História, em que a África estava unida À Europa, e ao mesmo tempo tudo esconde”, escreve Lídia Jorge, natural da cidade algarvia, no catálogo da exposição.

E acrescenta: “Hoje, passados milhares de anos, o movimento é semelhante. As Terras de Loulé continuam a ser um lugar pacífico, um lugar mãe, um lugar de receber todo aquele que vier por bem. Que outras palavras usar? São sempre banais as palavras de quem ama.”

Comissariada por Victor S. Gonçalves, Catarina Viegas e Amílcar Guerra, da Universidade de Lisboa, Helena Catarino, da Universidade de Coimbra, e Luís Filipe Oliveira, da Universidade do Algarve, a mostra, que retrata o maior e mais povoado concelho do Algarve, resulta de um protocolo celebrado em março de 2016 entre a Câmara Municipal de Loulé e a Direção-Geral do Património Cultural.

Várias instituições portuguesas, nomeadamente o Museu Nacional de Arqueologia, que, desde 1984, integra a coleção reunida pelo algarvio Estácio da Veiga, que se propusera a criar o Museu Arqueológico do Algarve, cederam acervo que é mostrado na exposição

A mostra – organizada pelos subtítulos Memórias, Territórios e Identidades - ocupa 300 metros quadrados repartidos por dez vitrines e nove ilhas, divididas em três secções e oito núcleos, a que acrescem oito ecrãs LCD onde é exibida informação sobre cada um dos núcleos.

 

Por: Lusa