A atividade de alojamento turístico registou uma subida de 11,6% nas dormidas em 2016, para 59,4 milhões, enquanto as receitas totais cresceram 18,1%, para 3,1 mil milhões de euros, informou hoje o INE.

Segundo as Estatísticas do Turismo, "o setor de alojamento turístico (hotelaria, turismo no espaço rural e de habitação e ainda o alojamento local), totalizou 21,3 milhões de hóspedes e 59,4 milhões de dormidas, correspondendo a aumentos de 11,1% e 11,6%".

Em 2015, o número de hóspedes tinha aumentado 10,9% e as dormidas 9,1%, recorda o Instituto Nacional de Estatística (INE).

No ano passado, "os proveitos totais e os de aposento do setor de alojamento turístico ascenderam, respetivamente, a 3,1 mil milhões de euros e 2,3 mil milhões de euros, com "assinaláveis crescimentos" de 18,1% e 19,2%, salienta o INE.

Em 2015, as receitas totais tinham avançado 15% e os proveitos de alojamento aumentado 16,7%.

A área da hotelaria registou 17,95 milhões de hóspedes e 51,4 milhões de dormidas.

O rendimento médio por quarto disponível na hotelaria (RevPAR) foi de 44,6 euros, o que corresponde a um acréscimo de 14,2% na comparação com 2015, ano em que este indicador tinha subido 13,4%.

A hotelaria registou 17,95 milhões de hóspedes e 51,4 milhões de dormidas, com as dormidas dos residentes (14,2 milhões) a terem um crescimento de 6,3%, quase metade da subida dos estrangeiros (37,2 milhões) que aumentaram 12,1%.

De acordo com o Inquérito às Deslocações dos Residentes, 4,54 milhões de residentes em Portugal efetuaram pelo menos uma deslocação com dormida fora da sua residência habitual em 2016, o equivalente a 44,1% da população residente (43,3% em 2015).

Em 2016, realizaram-se 20,2 milhões de deslocações turísticas (mais 5,4%), das quais 18,2 milhões em território nacional, valor que traduz um aumento de 5,7% e representou 90,4% do total, e 1,9 milhões com destino ao estrangeiro (mais 2,5%, após a subida de 16,2% em 2015).

O principal motivo para viajar foi a "visita a familiares ou amigos", com 8,9 milhões de viagens (44,1% do total), seguido do "lazer, recreio ou férias", com 8,84 milhões (e uma subida de 9,3% relativamente a 2015) e das viagens por motivos "profissionais ou de negócios", com 1,65 milhões.

"O 'alojamento gratuito de familiares ou amigos' consolidou-se como tipo de alojamento preferido dos residentes, cabendo-lhe 37,3 milhões de dormidas, o correspondente a 45,6% do total (44,9% em 2015)", refere o INE.

A evolução das dormidas nas regiões foi "globalmente positiva", aponta o INE que destaca "o aumento significativo" nos Açores (28,5%), o crescimento ocorrido no Norte (mais 14,1%) e na Madeira (12,8%).

O Algarve manteve-se como o principal destino (32% das dormidas totais) secundado pela área metropolitana de Lisboa (24,9%).

Em julho de 2016, segundo o INE, o turismo no espaço rural ou de habitação tinha uma oferta de 1.305 estabelecimentos em funcionamento, com 22,5 mil camas e o número de hóspedes anuais fixou-se em 669,1 mil (mais 17,5%) e as dormidas em 1,45 milhões (mais 14,2%), para estadas de 2,17 noites, em média, e taxa de ocupação foi 20,3%.

A oferta de alojamento local em funcionamento traduziu-se em 1.831 estabelecimentos que disponibilizaram 55,8 mil camas e receberam 2,6 milhões de hóspedes (mais 13,3%), originando 6,3 milhões de dormidas (mais 19,1%).

Foram contabilizados 250 parques de campismo, com 191,1 mil lugares, que registaram 6,6 milhões de dormidas, com um crescimento anual de 14,4% (2,6% em 2015).

Em julho do ano passado, estavam em atividade 85 colónias de férias e pousadas da juventude, que proporcionaram 688,8 mil dormidas (menos 1,1%).

 

Por: Lusa