Por David de Sousa Coelho | david.desousacoelho@gmail.com

Chegamos a mais um momento de eleições autárquicas. De cada quatro em quatro anos somos “inundados” de outdoors, cartazes, revistas, panfletos e material de divulgação política. Nesta montanha de informação e de contrainformação também nos chegam as caras dos novos protagonistas. É habitual vermos novas pessoas, com novas formas de pensar e novos entendimentos (os que na realidade o têm!).

A renovação política é essencial. Para mim não é mais um chavão que muitos usam diariamente mas não aplicam (e que se recusam mesmo a aplicar!). Mas é importante que aqueles que procuram ocupar os “lugares” possuam conhecimento prático sobre a realidade social e económica e, sobretudo, dos desafios que os esperam. Não podemos permitir que quem “chega” comece um pré-estágio antes de assumir as suas tarefas. As oportunidades não esperam e hoje vivemos num mundo em que quem primeiro agarra é vencedor.

Assim é importante que aqueles que pretendem agora assumir responsabilidades políticas sejam conhecedores dos temas em que estarão envolvidos e da realidade da sua terra, que já tenham participado em ações de interesse público, manifestado as suas ideias e proposto projetos (como por exemplo nas Assembleias de Freguesia/Assembleias Municipais). Do meu ponto de vista, não é só a dois meses das eleições que as ideias e as propostas devem existir. Os problemas e os constrangimentos sempre existiram e, às vezes, cai-se no ridículo de falar das situações e de prometer soluções com uma leviandade que assusta. A adesão à realidade é importante e falar por falar já era.

É urgente que se promovam candidatos por vocação.