por Luís José Pinguinha | Vice-presidente do Louletano | FUTEBOL | Acompanhando as jovens promessas do Louletano

Iniciámos esta coluna (edição de 13 de Maio de 2016) com um artigo sobre Manuel Mendonça, o Manel para os amigos, sob o título: “Manel, um jogador de culto”.

Após considerações avulsas sobre as enormes qualidades que se lhe reconhecem, terminávamos assim: “…virá Manel a ser o melhor jogador de sempre de Loulé?”.

É claro que são muitas as variáveis subjacentes a uma expectativa tão elevada como esta. E o facto do Manel, na altura, ter só 11 anos e 2 meses, aumentava a desconfiança: “um puto tão novo e já pensam que pode vir a ser o melhor jogador de sempre de Loulé?!”.

Manel tem hoje 12 anos e 5 meses. E após a época que efetuou, encantando e maravilhando os felizardos que tiveram o prazer de o ver jogar (quer no meio campo, quer nas alas quer, até, na frente do ataque) estamos ainda mais convencidos que tal é mesmo muito provável.

Para que se entenda melhor: sabemos que os jogadores do Real Madrid e do Barcelona são todos muito bons, do melhor que há em todo o planeta. Mas quando a bola está nos pés do Cristiano Ronaldo ou nos do Messi o jogo é diferente, como se sofresse um abanão ou uma descarga elétrica. E os espectadores ficam mais atentos, porque sabem que podem estar a momentos de assistir a um lance de futebol que não está ao alcance do comum dos mortais.

Salvo as óbvias distâncias, é isso que se sente quando o Manel tem a bola. O jogo como que estremece, o ritmo aumenta, os colegas são contagiados e tudo isto sem perder a eficácia.

Para terminar: ainda jogador do Louletano, o Manel participou num Torneio Internacional em representação do Sporting. Assistimos a alguns jogos, acompanhados por um cidadão louletano adepto do futebol mas mais virado para a I Liga e para os Seniores do Louletano. Ou seja, não conhecia o Manel.

No meio da 1ª parte, esse amigo diz-nos: “o Sporting tem uma grande equipa e aquele miúdo que está a jogar na esquerda é o melhor jogador, é mesmo craque!”. O miúdo era o Manel.