Candidato à Câmara Municipal de Loulé pelo PS

A menos de um mês das eleições autárquicas, o jornal A Voz de Loulé quis conhecer melhor os candidatos à Câmara Municipal de Loulé, que no dia 1 de outubro irão a votos. As razões que levaram à candidatura, os objetivos que querem ver cumpridos e os benefícios para o Concelho com a sua eleição foram algumas das questões que quisemos colocar. José Graça (PSD/CDS/MPT), Joaquim Guerreiro (BE), Vítor Aleixo (PS) e António Vairinhos (CDU) responderam e esclareceram. Afinal de contas, em breve um deles será o próximo Presidente da Câmara Municipal de Loulé.

Todas as entrevistas foram realizadas pela jornalista Sofia Cordeiro Coelho, o critério de paginação na edição em papel é a ordem dos boletins de voto, ditada por sorteio pelo Tribunal de Loulé.

 

Voz de Loulé - Porque tomou a decisão de candidatar-se à Câmara Municipal de Loulé?

Vítor Aleixo - Porque gosto do que faço! Trabalhar para as pessoas e para o Concelho de Loulé sempre foi para mim uma atividade gratificante na medida em que sinto e tenho sentido gratidão e reconhecimento dos nossos concidadãos.

Depois, há quatro anos, apresentei um projeto político ambicioso não apenas para um mandato mas para mais tempo. Há pois que continuar para que tudo o que me propus possa ser concluído. O nosso trabalho e os nossos objetivos só nos próximos 4 anos irão ficar bem à vista de todos. Estou seguro que vão ser tempos muito bons para satisfação de todos.

 

V.L. - Descreva os principais objectivos e Promessas/Compromissos da sua candidatura?

V.A. - Gosto mais da palavra Compromisso. A palavra promessa tem uma conotação negativa e devemos evitá-la.

Sou um político local que com os meus vereadores trabalharemos com base numa carta de compromissos que será o nosso Programa Eleitoral. O nosso Programa Eleitoral será tornado público no início oficial da campanha eleitoral. Neste preciso momento há mais de 40 pessoas, especialistas de diferentes áreas de saber que estão a trabalhar nas orientações e medidas que iremos implementar no próximo mandato.

Em termos muito genéricos posso desde já anunciar que iremos focar-nos em quatro eixos de ação fundamentais:

Uma nova geração de políticas para o interior do Concelho para continuar a contrariar uma tendência que persiste de abandono, envelhecimento da população e quebra da atividade económica.

Não obstante as boas políticas que têm vindo a ser seguidas há mais de 30 anos a verdade é que precisamos agora de passar da fase das estradas, água, luz e equipamentos como escolas, lares e centros comunitários para a atividade económica de base empresarial.

O turismo de natureza, as tradições culturais das gentes do interior e a floresta como grande recurso económico a potenciar com novas políticas são o leque de oportunidades e recursos em que urge apostar. É isso que iremos fazer.

Outro eixo estruturante da nossa ação futura será a simplificação administrativa nos serviços municipais. Pretendemos reduzir os custos de contexto do investimento privado e promover a imagem externa do Concelho.

A habitação irá merecer uma atenção renovada e muito mais investimento. A construção de habitação de iniciativa pública não apenas para as famílias mais carenciadas mas também para segmentos da classe média e da juventude alinhando as nossas políticas locais com as políticas nacionais já anunciadas pelo governo da República é um compromisso que publicamente assumo com os cidadãos e cidadãs do nosso Concelho.

Por último destaco como desafio para o futuro um eixo de ação absolutamente estruturante que são as novas políticas para o Ambiente e a Adaptação às Alterações Climáticas. É todo um mundo novo que se abre à nossa frente e para o qual todos nós somos chamados a participar. O aquecimento global, as secas, as chuvas torrenciais destrutivas, as ondas de calor, os incêndios de grande dimensão e a escassez de água potável para o consumo humano são problemas suficientemente graves para que continuemos no papel de assistentes de uma tragédia que cresce todos os dias. É preciso agir! E nós em Loulé já começámos e vamos continuar porque nos preocupamos com as nossas vidas e a vida no nosso planeta terra.

 

V.L. - Porque devem as pessoas optar pela sua Candidatura e não pelas outras alternativas?

V.A. - Os eleitores é que devem comparar entre os candidatos apresentados pelos partidos políticos e escolher. Não me ouvirá nunca dizer que sou melhor que outro qualquer. Em democracia essa avaliação é feita pelas pessoas no dia em que forem votar a 1 de Outubro.

 

V.L. - Qual a mais-valia que a sua eleição pode trazer para o Concelho de Loulé?

V.A.- A resposta dada à questão anterior vale também para esta pergunta.

 

V.L. - Se achar necessário poderá referir mais algum assunto não abordado nas questões anteriores.

V.A.- A fechar esta entrevista permite-me formular um desejo de que esta campanha possa decorrer com elevação, dirigida ao esclarecimento dos diferentes projetos para governar o Concelho nos quatro anos que aí vêm. A democracia exige-nos debate de ideias, participação dos cidadãos e esclarecimento para que as melhores propostas e equipas possam ser escrutinadas em liberdade pelos cidadãos no dia das eleições.