GENEALOGIA por Manuel da Silva Costa | mscosta2000@hotmail.com

A família Vale (fig. brasão) deriva da linhagem da Maia. Trestamiro Alboazar, o 1º Senhor da Maia, no Porto (1034-38), foi pai de Gonçalo Trestamites da Maia e avô de Gonçalo.

Gonçalo Rodrigues da Maia “o Velho”, do Couto de Palmesões, nasceu c.1060, casou com Sancha Gonçalves de Barbudo (filha de Gonçalo Pires de Belmir e ? de Barunto) e foram pais de Fernão.

Fernão Gonçalves nasceu c.1090, casou com Estevainha Martins (filha de Martim Sanches de Brito “Espada” que foi assim chamado porque “vivia com um Conde, ao qual matou outro Conde e ele tomou a espada do morto e matou com ela o matador”) e foram pais de Pedro (D. Pedro Conde de Barcelos, 1344).

Pedro Fernandes “do Vale” nasceu c.1120, foi casado com Maria Peres (filha de Pedro Esteves de Antas e de Mor Mendes de Encourados). Foram seus filhos Rui do Vale, clérigo e Alonso Peres do Vale e Martim Peres do Vale, com geração.

Os primeiros referidos nas Actas de Vereação de Loulé são Francisco do Vale e Brás do Vale. Francisco foi juíz ordinário (1522) e vereador (1526). Brás foi rendeiro da almotaçaria (cargo de inspecção de pesos e medidas e que fixava os preços), esteve preso por dívidas (1524) e alistou-se como besteiro com a idade de 27 anos (1525).

Provável familiar dos anteriores, Francisco do Vale de Mendonça era filho de Jorge Neto de Mascarenhas e de Joana Ribeira e neto paterno de Martim Ribeiro, referenciado nas Actas de Vereação (1524) “pediu licemça para fazer cinza e aceirar seus allmeyxares e casa e suas erdades e cortar madeira para choças e queimar seus allqueves e roças”. Francisco casou com Maria Luís em 1570 e era falecido em 1633, já viúvo.

Beatriz do Vale era de Loulé, mas foi casar a Estoi (c.1615) com Francisco da Costa. Era filha de Nicolau Caeiro e de Beatriz Madeira; neta paterna de Simão Soeiro Neto “o Velho” e de Beatriz Caeira, a qual é referida também nas Actas de Vereação (1522) acerca de coimas de Cx (Cristo) “Antónia escrapva de Briatiz Caera criada de Pedro Mazcoro”. Beatriz Caeira faleceu em 1546.