Esta é a primeira de uma sucessão de três super luas cheias consecutivas, com as próximas a ocorrerem a 2 e 31 de janeiro.
No dia 10, a Lua chega ao quarto minguante. No dia 13, o nosso satélite passa a 6 graus do planeta Marte, e no dia seguinte a Lua vai estar a cerca de 6 graus de Marte e a 5 graus de Júpiter, com os dois planetas a cerca de 10 graus um do outro. Este triângulo vai estar visível depois de Júpiter nascer, a partir das 5 da manhã, e até ao nascer do Sol, por volta das 7h30min da manhã.
Mas antes do amanhecer, e também no dia 14, ocorre o máximo da chuva de meteoros das Geminíadas, previsto para cerca das 6h30min da manhã. Esta chuva é das mais intensas do ano, com uma média de meteoros por hora no máximo a rondar os 120 (em céus escuros). Com a lua já num fino minguante, este vai ser um ano particularmente bom para observar as Geminíadas.
Esta é uma chuva com uma origem curiosa, pois não deve a sua existência à passagem da Terra pelo rasto de um cometa, mas sim pelos detritos deixados pela passagem do asteroide 3200 Phaethon, cuja órbita à volta do Sol é de 1,4 anos.
Esta chuva deve o seu nome à constelação de Gémeos, onde se situa o radiante (ponto de onde parecem emanar os meteoros) das Geminíadas. Os Gémeos são Castor e Pólux (que são também o nome das duas estrelas mais brilhantes da constelação), filhos de Leda, a rainha de Esparta, com Zeus e com o seu marido Tíndaro. Zeus, disfarçado de Cisne, seduziu Leda e da união surgiram dois ovos, de onde chocaram Castor, Pólux, Helena (de Troia) e Clitemnestra. No entanto, os gémeos tinham pais diferentes, sendo Tíndaro o pai de Castor (e por isso este era mortal) e Zeus o pai de Pólux (sendo este semideus, e imortal). Os gémeos eram argonautas, tendo navegado com Jasão à procura do tosão de ouro. Quando Castor morreu, Pólux pediu a Zeus para este partilhar a sua imortalidade, sendo ambos enviados para o céu, na forma da constelação de Gémeos.
Dia 18 ocorre a lua nova, e às 16h28min do dia 21, ocorre o solstício de Inverno (no hemisfério Norte). Este é o dia em que o Sol passa mais baixo no céu ao meio-dia solar, em todo o ano. É também dos dias mais curtos do ano, com o Sol acima do horizonte apenas 9h08min em Bragança, 9h13min no Porto, 9h19min em Lisboa, 9h34min em Ponta Delgada, 9h38min em Faro e 10h00min no Funchal.
A boa notícia é que, a partir desta data, os dias vão ficando cada vez maiores, até ao próximo solstício, no dia 21 de junho de 2018.
E para acabar o ano astronómico, no dia 26 a Lua chega ao quarto crescente.
Por: Ciência Viva