O Salário Mínimo Nacional (SMN) vai aumentar para 580 euros a partir de janeiro de 2018, uma subida de 4,1% (23 euros) definida esta terça-feira em reunião de concertação social, que terminou sem acordo, o que acontece pela primeira vez desde 2006.

A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) defendia um aumento do SMN para os 600 euros: mais 43 euros/7,7%. A central sindical entendia que os 580 euros propostos pelo Governo eram apenas uma base de partida para chegar aos 600 euros no início de 2018, escreve o Jornal Económico.

No final do encontro, o ministro do Trabalho e da Segurança Social, Vieira da Silva, revelou que, por parte dos empregadores, “foram feitas reivindicações que eram impossíveis de satisfazer para que se concretizasse o acordo”. O governante disse estar preocupado com o facto dos salários poderem acompanhar a evolução positiva da economia.

Já Arménio Carlos, responsável máximo da CGTP, realçou que “o processo para o aumento do SMN” chegou ao fim e que “independentemente de haver acordo ou não, o Governo vai cumprir” este aumento.

Do lado dos patrões, António Saraiva, líder da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), considerou que “nem patrões nem sindicatos saíram satisfeitos” e que “há muito a discutir no que diz respeito à competitividade das empresas”.

Segundo o responsável, a carga burocrática “continua a ser agravada e está-se a agravar os custos das empresas”. Para o líder da CIP, “é a competitividade que está em causa”.

João Vieira Lopes, representante da Confederação do Comércio e Serviços, lamentou, por seu turno, que tivessem ficado temas “por discutir”, como por exemplo os “contratos públicos e da formação profissional”.

 

Por: Idealista