Comprar casa é cada vez mais caro e... vendem-se cada vez mais imóveis.

Os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) são esclarecedores: no terceiro trimestre de 2017, o preço das casas aumentou 10,4% face ao período homólogo, tendo sido transacionados 38.783 alojamentos, o valor mais elevado de que há registo na série (iniciada em 2009) – e mais 23% que no mesmo período do ano passado.

Segundo o INE, esta subida homóloga de preços de 10,4%, a mais elevada desde 2009, “foi essencialmente determinada pelo comportamento do preço dos alojamentos existentes, que aumentaram 11,5% em termos homólogos”. “Os preços dos alojamentos novos também cresceram de forma significativa, aumentando 6,9% face ao terceiro trimestre do ano anterior”, conclui o INE.

De referir que em termos trimestrais, ou seja, entre o segundo e terceiro trimestres de 2017, comprar casa ficou 3,5% mais caro, com os preços dos alojamentos existentes a aumentarem 4,1% e os dos novos 1,7%.

Vendas disparam...

No que diz respeito ao número de imóveis transacionados, foram vendidos entre julho e setembro deste ano 38.783 alojamentos, um novo máximo da série disponível. Trata-se de um aumento de 23% em termos homólogos.

“Os alojamentos existentes representaram a maioria das vendas (84,7%) tendo atingido as 32.864 transações, o que representou um aumento de 24,8% em termos homólogos, a maior taxa de variação desde o segundo trimestre de 2016. Por outro lado, as vendas de alojamentos novos aumentaram 14% face ao mesmo período do ano transato, o que representa a taxa de variação mais elevada desde o primeiro trimestre de 2015”, lê-se no site do INE.

Em termos trimestrais, foram vendidas no terceiro trimestre mais 5,1% de casas que nos três meses anteriores.

Quase 5.000 milhões de euros em vendas

Relativamente ao valor dos alojamentos transacionados no terceiro trimestre de 2017, aproximou-se dos 4,9 mil milhões de euros, mais 34,4% que no período homólogo. A taxa mais elevada dos últimos dois anos.

“Por comparação com o trimestre anterior, o valor dos alojamentos vendidos aumentou 6%. Este foi o quarto trimestre consecutivo em que o valor das vendas aumentou entre dois trimestres consecutivos. No período em análise, o valor das transações dos alojamentos existentes excedeu ligeiramente os 3,9 mil milhões de euros, tendo o valor dos alojamentos novos atingido 933 milhões de euros”, conclui o Índice de Preços da Habitação.

Lisboa, Norte e Centro no centro das atenções

E onde foram celebrados mais negócios? De acordo com os dados do INE, a Área Metropolitana de Lisboa (AML), o Norte e o Centro “registaram máximos no número de vendas, reunindo as duas primeiras regiões cerca de 64% do total das transações realizadas no terceiro trimestre de 2017”.

No caso da região Norte foram feitas pela primeira vez mais de 11.000 transações, sendo 6.719 realizadas na Área Metropolitana do Porto (57,4% do total da região Norte). Já a região Centro superou pela primeira vez a fasquia das 7.000 transações. No caso da AML ultrapassaram-se, pelo segundo trimestre consecutivo, as 13.000 vendas (34% do total a nível nacional).

De referir ainda que quase metade do valor das transações (47,5%) realizadas no país – mais de 2.000 milhões de euros – teve origem na AML.

 

Por: Idealista