A Câmara Municipal de Lagos vai celebrar um Protocolo de Colaboração com a Associação In Loco que visa a criação de um Observatório de Segurança Alimentar no Algarve (ORSAA). O protocolo tem como objetivo enquadrar a parceria e a cooperação institucional entre todos os outorgantes, visando a promoção da segurança alimentar na região do Algarve e a implementação do projeto piloto «(In) Segurança Alimentar».

O Município de Lagos será um dos concelhos do Algarve que fará parte de um projeto piloto que visa a criação de um Observatório de Segurança Alimentar e de uma estratégia de combate às situações de insegurança alimentar. A participação de Lagos neste projeto piloto foi aprovada, por unanimidade, em Reunião de Câmara decorrida no final de dezembro.

O programa de ação deste projeto, liderado pela Associação In Loco, terá uma duração de um ano e contará com uma equipa pluridisciplinar que conta com nutricionistas, chefs, antropólogos, sociólogos e o apoio empenhado de uma rede regional de técnicos municipais e das entidades públicas e privadas que operam na área social.

O projeto será desenvolvido em parceria com a Administração Regional de Saúde (ARS Algarve), com a AMAL (e responsáveis pelas Comissões Locais de Ação Social), com a Universidade do Algarve e com a Segurança Social.

A primeira etapa do projeto já se encontra concluída e consubstanciou-se num trabalho de campo, realizado durante dois meses, em todas as freguesias do Algarve, avaliando o acesso dos agregados familiares a uma alimentação saudável e económica.

Em suma, o plano de ação do projeto piloto “(In) Segurança Alimentar” tem como objetivos gerais:

1) Definição de um sistema de monitorização e avaliação da situação de segurança alimentar baseado no INFOFAMILIA e que avalie o grau de segurança alimentar de uma amostra representativa da população algarvia;

2) Construção de uma plataforma eletrónica de introdução e tratamento dos dados do sistema de monitorização que servirá de base para o Observatório da Segurança Alimentar do Algarve, operada em contínuo por entidades a definir pela DGS, que será a responsável máxima;

3) Desenvolvimento de competências na área da alimentação saudável e acessível tendo por base a Dieta Mediterrânica* nos profissionais trabalhando com os grupos de risco;

4) Sensibilização, mobilização e capacitação dos agregados familiares de maior risco para as vantagens da alimentação saudável e acessível, tendo por base a Dieta Mediterrânica;

5) Sustentabilidade futura da iniciativa, promoção e disseminação pública dos resultados.

* Recorde-se que a Dieta Mediterrânica, um estilo de vida reconhecido pela UNESCO como património imaterial da Humanidade, tem associado um regime alimentar que a OMS avalia como sendo de excecional qualidade e capaz de minimizar os riscos de insegurança alimentar.

 

Por: CM Lagos