É conhecido como um artefacto arqueológico de iluminação, que fazia parte do quotidiano de qualquer família. Mas é mais do que isso.

É também um objeto de propaganda, de mudanças sociais e religiosas, de gostos estéticos, de comércio e de economia. Disso tratará esta importante exposição, que inaugura no dia 27 de janeiro às 17 horas no Museu Municipal de Faro e vai que vai exibir um conjunto de várias dezenas de lucernas, mostrando a sua evolução entre o século II a.C e o século VI da nossa Era. Este conjunto, proveniente na sua maioria da antiga Horta do Pinto, é apresentado juntamente com mais peças emprestadas pelo Museu Nacional de Arqueologia, algumas delas recolhidas por Estácio da Veiga (1828-1891, importante arqueólogo e escritor natural de Tavira).

A localização portuária e a sua atividade comercial levaram a que Ossónoba conhecesse a importação de vários artefactos deste género e à sua distribuição, não sendo pois de estranhar o aparecimento deste conjunto de peças, que conservam variadas cenas decorativas, dignas de serem visitadas. Ainda hoje, nos meios científicos, a coleção de lucernas da Horta do Pinto é considerada uma referência no estudo deste tipo de bem arqueológico. A exposição, comissariada por Carlos Samuel Pereira, investigador no Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa, vai ficar patente no Museu Municipal de Faro até ao dia 6 de Maio.

 

Por: CM Faro