POESIA por Isidoro Cavaco | isidorocavaco@gmail.com

Em LOULÉ o Carnaval

Dá que falar nestes dias,

Ninguém leva nada a mal,

Não há outro que o iguale

Em brincadeira e folias.

 

É brejeiro e descarado

Como manda a tradição,

Sempre muito admirado,

Sem nunca ser malcriado

É alegre e brincalhão.

 

Em LOULÉ Ele é brejeiro

Atrevido e folião,

Sem deixar de ser ordeiro,

Mentiroso e galhofeiro,

Divertido e trapalhão.

 

Há quem seja como Ele,

Aldrabão e desregrado,

Por isso lhe vista a pele,

Vá seguindo os passos dele

E ande sempre mascarado.

 

De uma de forma brejeira

Dizem-se a brincar verdades

E assim desta maneira,

Vão passar por brincadeira

Algumas realidades.

 

Se não houvesse este folguedo

Teria que se inventar,

Para tirar do segredo

E desmascarar sem medo

Quem nos anda a enganar.