O ministro do Ambiente disse hoje que o investimento prioritário na orla costeira do Algarve passa pela reposição dos passadiços nos areais destruídos pelas condições atmosféricas adversas das últimas semanas, cujo valor ascende a 250 mil euros.

“Naquilo que diz respeito aos estragos públicos, o levantamento que tenho é de 250 mil euros, não estando incluídos os apoios de praia, para os quais não haverá apoios”, disse o ministro João Pedro Matos Fernandes, durante a visita à praia dos Três Irmãos, em Alvor, no concelho de Portimão.

De acordo com o governante, “os passadiços vão ser construídos, muito em breve, com o apoio das autarquias, pois do ponto de vista ambiental é importante que existam passadiços, porque são a certeza de que não há pisoteio das dunas”.

O governante indicou também que o “foco ambiental do Governo está centrado em garantir que as praias tenham areia e que podem ser fruídas, areia essa que será reposta, em parte pela natureza e outra parte através de dragagens previstas para Alvor e para a Fuseta”.

Segundo João Pedro Matos Fernandes, o que aconteceu com a tempestade Ema “foi de facto muito significativo, embora a tempestade Felix tenha reposto alguma da areia que tinha sido retirada”.

“As condições adversas tiveram ondas entre quatro e seis metros, o que arrastou muita areia, sendo que essa areia não foi para muito longe, está aqui perto e acreditamos que continuará a ser reposta naturalmente” frisou.

O ministro do Ambiente acrescentou que “qualquer intervenção de engenharia que não seja natural será estritamente limitada à defesa de pessoas e bens na orla costeira do Algarve.

João Pedro Matos Fernandes visitou a praia dos Três Irmãos em Alvor, acompanhado pela presidente da Câmara de Portimão e pelo diretor regional do Algarve da Agência Portuguesa do Ambiente.

O governante visitará ainda hoje a Fuseta na Ria Formosa e a praia de Faro, uma das zonas mais fustigadas pelo temporal que assolou a região do Algarve.

 

Por: Lusa