2017 foi um ano de recordes para o imobiliário: foram transacionadas 153.292 casas, mais 26.186 (20,6%) que em 2016. O ano passado foi bom, mas este pode ser ainda melhor.

Segundo Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), as transações devem crescer 30% em 2018.

Para o representante das mediadoras, os dados oficiais, entretanto divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), “não são surpreendentes”. Os números “vão ao encontro das estimativas da APEMIP, que ao longo do ano 2017 apontou para um crescimento na ordem dos 25%”, sublinha Luís Lima, em comunicado.

“Desde há seis anos que temos feito esta monitorização e avançado com números que têm sido sempre confirmados pelos dados oficiais, com uma margem de erro diminuta, o que credibiliza o acompanhamento do mercado que é levado a cabo pelo Gabinete de Estudos da APEMIP”, acrescenta.

O presidente da APEMIP acredita que as transações vão crescer na ordem dos 30% em 2018, mas receia que se coloquem situações capazes de desestabilizar o mercado imobiliário, referindo-se, neste caso, às possíveis alterações à lei do Alojamento Local (AL).

“Alterações legislativas em setores que têm impacto direto na dinâmica do setor, como eventuais mexidas na lei do AL, poderão ser desastrosas para o imobiliário. É preciso ter cautela nas decisões que se tomam. A par disso, é também necessário voltar à construção nova, para que possa haver no mercado oferta suficiente que dê resposta às necessidades da procura”, remata Luís Lima.

 

Por: Idealista