A Groundforce Portugal, que retomou no domingo os serviços de assistência em escala («handling») no Aeroporto de Faro, estima ultrapassar os 336 trabalhadores que tinha em 2011, quando suspendeu a operação na infraestrutura devido a uma crise financeira.

"Podermos dizer que no primeiro dia começamos uma operação já com 125 pessoas, eu não vejo isso como fator negativo, vejo como uma grande vitória", disse hoje o presidente executivo da empresa, Paulo Neto Leite, à margem da cerimónia de inauguração da operação, cujo investimento foi superior a 2,5 milhões de euros.

No início de 2011, a Groundforce suspendeu a operação no aeroporto algarvio para reduzir os prejuízos internos, levando 336 trabalhadores para o desemprego.

"Chegaremos a esses números e ultrapassaremos. O próprio Aeroporto de Faro também tem mais movimentos hoje em dia", acrescentou o responsável, que observa "uma capacidade de crescimento bastante grande" na infraestrutura.

A operação, que inclui a assistência a passageiros, operação de aeronaves em pista e o tratamento de bagagens, foi retomada agora com 98 postos de trabalho, mas, durante o verão, a empresa prevê ter 115 colaboradores e, a médio prazo, 140.

Sobre o processo de suspensão da operação no Aeroporto de Faro em 2011, Paulo Neto Leite frisou que "o passado é passado, não se consegue mudar", assegurando que "algumas das pessoas" despedidas estão hoje de volta.

Sete anos depois, a empresa, que "fechou o melhor ano de sempre em termos financeiros", tem uma estrutura " muito mais sólida e muito mais bem preparada para enfrentar os desafios do setor", observou o presidente executivo da Groundforce.

"Se compararmos o número de passageiros do Aeroporto de Faro hoje com o número de passageiros de há sete anos, mostra que hoje há muito mais condições para criarmos uma operação mais sustentada", garantiu.

A TAP, a British Airways, a Iberia, a BA City Flyer, a Vueling, a Aer Lingus, a Small Planet e a Aigle Azur são as companhias aéreas que a Groundforce passou a assistir em Faro, mas já existem outras "na calha", revelou Neto Leite.

"É uma operação para alargar, num negócio em que a escala ajuda. Claro que vamos retirar clientes a outras empresas, mas esta era uma situação quase escandalosamente única: tínhamos um aeroporto com um único fornecedor de ‘handling'. Nem sequer é uma prática concorrencial saudável", sustentou Paulo Neto Leite.

Por: Lusa