A Associação de Moradores da Ilha da Culatra, em Faro, reivindicou hoje uma intervenção de emergência na ilha, mostrando-se indignada por aquela zona balnear não ter sido contemplada com apoio do Governo para minimizar os efeitos das tempestades.

"Visto ter sido divulgado recentemente um pacote de medidas de emergência de minimização dos danos causados pelas últimas tempestades em várias zonas da costa algarvia, vem esta associação manifestar a sua indignação e preocupação, por não ter sido identificada nem contemplada qualquer intervenção de recuperação na costa da Ilha da Culatra", reclama.

Na terça-feira, o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, anunciou em Portimão um pacote financeiro de 800 mil euros para recuperar as infraestruturas afetadas pelo mau tempo na costa algarvia, montante que vai ser distribuído por oito autarquias do litoral.

"Esperamos que nos próximos dias todas as entidades cheguem a um consenso e que se avance para uma intervenção de emergência, para a costa da Culatra, de forma a garantir a proteção de pessoas e bens", lê-se no comunicado divulgado hoje pela associação.

A associação de moradores diz ter dado conhecimento "a todas as entidades competentes dos danos causados, nomeadamente, o desaparecimento da duna primária, onde se verifica a necessidade urgente de consolidação e enchimento da mesma".

Os últimos temporais causaram prejuízos em infraestruturas na costa portuguesa no valor de 1,4 milhões de euros, 800 mil euros dos quais apenas na região do Algarve, anunciou na terça-feira o ministro do Ambiente.

A Ilha da Culatra, pertencente ao concelho de Faro, é uma das ilhas-barreira da Ria Formosa e possui três núcleos habitacionais: Culatra (o de maior dimensão), Farol e Hangares.

 

Por: Lusa