Rico como apelido pode ter diversas origens. A proveniência Asturiana, a mais consensual, é atribuída a uma família de Luarca, capital do concelho de Valdez. A povoação foi destruída no ano de 844 pelos Vikings de Hasting e Byorn Ironside. Repelidos pelo Rei das Astúrias, Ramiro I, voltaram-se para Lisboa, Silves e Sevilha até serem expulsos pelo Emir de Córdova Abderramão II.
A etimologia de Rico vem do antigo Germânico “Rick” e significa rei ou chefe. Originou sufixos como em Alarico (rei de todos), Teodorico (rei do povo), Rodrigo (famoso chefe), Henrique (chefe único) e também a prefixos como em Ricardo (chefe forte). Rico pode corresponder à abreviatura de uma das formas anteriores.
A expressão medieval de Ricos-homens refere-se aos da classe dominante.
O mais antigo do apelido, o Asturiano Gonçalo Gonzalez Rico, foi casado com Mayor Martinez de Lago e encontrou-se na batalha de Navas de Tolosa (1212) contra os Muçulmanos (fig. brasão).
Foi filho do anterior Fernan Gonzalez Rico que casou com Toda Garcia Paredes. Participou na reconquista da Andaluzia e como recompensa, o Rei de Castela e Leão, Fernando “o Santo”, cedeu-lhe Luarca no ano de 1280, que ele reconstruiu e tornou no solar da família.
Rico não se encontra nas Atas de Vereação de Loulé (1384-1527). Os mais antigos que se encontraram no Algarve eram da freguesia de S. Tiago de Tavira, como Domingos Rico casado com Francisca Lopes e a sua provável familiar, Dona Maria Rica, casada com Fernão Rodrigues, por volta de 1575 e que enviuvara antes de 1600.
Também da freguesia de S. Tiago e provavelmente da mesma família, Catarina Rica casou entre 1593 e 1595 com Álvaro Nobre Valente (filho de Jorge Valente e de Margarida Álvares). Álvaro foi agraciado, no ano de 1599, com o título de Cavaleiro da Casa Real, por Filipe II de Portugal e III de Espanha. Contemporâneo e também de S. Tiago era João Rico, casado com Leonor Viegas.
Gaspar Rico e Maria Álvares, residentes nos Montes Novos, freguesia de Salir, eram casados antes de 1664...
