Com o mercado imobiliário em alta em Portugal, há um outro negócio paralelo que também tem vindo a crescer: o dos certificados energéticos.

Neste artigo preparado pela Fixando para o idealista/news, a plataforma portuguesa desafiou os peritos a falar sobre o aumento desta atividade e a importância de fazer a certificação energética. 

Grande parte dos negócios imobiliários envolvem, hoje em dia, edifícios que obtiveram intervenções de reabilitação e, é preciso saber que, se o custo dessas reabilitações for superior a 25% do valor do imóvel, é obrigatório solicitar um certificado. Outro caso são os edifícios novos, onde já é exigido este tipo de serviço desde origem, sendo que, além disso, desde 2009 que qualquer novo contrato de compra e venda exige a emissão do certificado. 

“Existe um grande aumento de pedidos”, confirma Ana Catarina Rodrigues, profissional de certificação energética na Fixando. “Sente-se um grande aumento, este trabalho deixou de ser instável, sobretudo nos últimos meses”, acrescenta. A profissional de 42 anos reafirma ainda que esse aumento acontece como consequência natural do boom imobiliário e que apesar de já ter sido contratada por investidores estrangeiros, lida habitualmente com agentes imobiliários. O tempo médio de trabalho é de uma semana a quinze dias. 

Apesar do aumento de pedidos para a emissão de certificados, Leonel Ramos, profissional da zona do Porto, alerta para um contraponto: “um número cada vez maior de peritos”. Leonel gosta de trabalhar com mais calma, de começar por um levantamento dimensional e explicar ao cliente no que consiste uma certificação energética. “Tento que entendam que isto é mais do que uma formalidade burocrática, é uma mais valia, é como um estudo sobre o nosso imóvel, se fosse antigamente, esse estudo tinha que ser feito por um engenheiro e pagaria uma fortuna”. 

E quais são essas mais valias em fazer uma certificação? Este documento digital é uma análise detalhada às necessidades reais de energia no imóvel, seja para apurar os isolamentos da casa, os sistemas instalados ou os próprios materiais de construção. Ao averiguar o desempenho energético, o documento consegue apontar onde se podem reduzir custos e poupar na carteira, identificando a eficiência energética numa escala de oito classes, desde A+ a F. Cada vez mais pessoas têm em mãos este certificado e podemos observar nos números esta evolução. 

Em 2018, entre as 1200 categorias da Fixando, a mais pedida é “Certificação Energética”. 

Durante estes primeiros seis meses, a plataforma recebeu cerca de mil pedidos de certificação energética, com preço médio de 190 euros por serviço. 

As cidades com maior quantidade de pedidos são Lisboa, Porto, Setúbal, Braga, Aveiro e Faro. 

Este tipo de pedido aumentou 12% no passado mês de maio, sendo o mês deste ano com mais pedidos desta categoria. 

A Agência para a Energia (ADENE) emitiu no ano passado 30 mil novas certificações energéticas, o triplo em comparação com a quantidade de emissões em 2015

 

Por: Idealista