O Município de Loulé volta a associar-se às celebrações das Jornadas Europeias do Património com um programa de iniciativas dedicadas ao tema deste ano: «Partilhar Memórias».

As atividades propostas decorrem entre os dias 21 de setembro e 1 de outubro e pretendem assinalar a importância da partilha de memórias, entendida como “fator de cidadania, de dignidade e de democracia”.

Nos dias 21 e 22, o Polo Museológico Cândido Guerreiro e Condes de Alte recebe dois eventos que pretendem recordar o passado desta emblemática aldeia do interior algarvio, em que a população terá a oportunidade de falar sobre memórias do seu património material e imaterial. Na sexta-feira, às 14h30, tem lugar a rubrica “Alte, pela janela do tempo”, com a visualização de fotografias antigas, enquanto que no sábado, às 15h00, a população é convidada a participar no “Laboratório da Memória”, dedicado à reunião do Grupo de Amigos de Alte que deu origem à fundação do Jornal “Ecos da Serra”.

Também no dia 22, das 14h30 às 18h30, no Convento Espírito Santo, decorre um Workshop de Encadernação. A inscrição pode ser feita através de servicos.educativos@cm-loule.pt

O Centro Histórico de Loulé é o local onde irá decorrer mais uma caminhada “Património ao Luar”. Iluminados pela luz da lua, o Museu Municipal de Loulé propõe aos participantes caminhar à noite e conhecer o casco antigo da cidade, com destaque para o Castelo de origem árabe, os Banhos Islâmicos, a Ermida de Nossa Senhora da Conceição, a Igreja Matriz, as ruas estreitas de características que remontam ao período medieval e muitos outros elementos que fazem desta zona um ponto de visita obrigatório.

A caminhada acontece no dia 27, pelas 21h00, tendo como ponto de encontro o Museu Municipal. As inscrições são gratuitas e obrigatórias para servicos.educativos@cm-loule.pt ou 289 400 611.

A Escrita do Sudoeste é o tema da conferência que será apresentada por Amílcar Guerra, dia 28, pelas 18h00, na sala polivalente do Museu Municipal de Loulé. A Escrita do Sudoeste é a voz que nos aproxima dos pensamentos e modos de vida do passado, um dos maiores tesouros da arqueologia europeia, uma realidade histórica de cariz excecional, uma imagem de marca da serra que separa o Algarve do Alentejo e um símbolo privilegiado da herança histórica da região, pois trata-se da mais antiga manifestação de escrita da Península Ibérica, e que está, ainda hoje, por decifrar.

No âmbito da Exposição “LOULÉ. Territórios. Memórias. Identidades”, patente ao público no Museu Nacional de Arqueologia, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, decorrerá no Salão Nobre dos Paços do Concelho, dia 29, pelas 15h00, a cerimónia de homenagem aos doadores e guardiões do património. Estes homens e mulheres são os rostos dos cuidadores e doadores de bens culturais de Loulé, proprietários dos terrenos onde se localizam os sítios arqueológicos e que deram um importante contributo para esta Exposição.

Já no dia 30, às 16h00, o projeto lúdico-pedagógico “Famílias no Museu” está de regresso. No Museu Municipal, crianças a partir dos 6 anos acompanhadas por um adulto poderão participar na construção do Jogo do Moinho, um jogo ancestral de tabuleiro para dois jogadores que foi muito popular na Europa medieval. As inscrições são gratuitas e obrigatórias para servicos.educativos@cm-loule.pt ou telefone 289 400 611.

No encerramento deste programa das Jornadas Europeias do Património, a 1 de outubro, pelas 18h00, a cidade de Quarteira recebe mais uma sessão da rubrica “Laboratório da Memória” dedicada a esta comunidade piscatória.

Refira-se que duas atividades inicialmente previstas foram canceladas por motivos alheios à organização: dia 21, às 18h00, a apresentação do conjunto de CDs de património oral e dia 29, às 18h30, a inauguração da exposição “Quem nos escreve desde a serra” na Cortelha.

Recorde-se que as Jornadas Europeias da Cultura são uma iniciativa conjunta do Conselho da Europa e da Comissão Europeia que nasceu com o objetivo de sensibilizar para o património comum da Europa e para a necessidade da sua contínua proteção. Reavivar continuamente a memória é fundamental para que o passado não seja esquecido, pois capacita-nos a atualizar impressões ou informações, fazendo com que a História se eternize na nossa consciência e se transmita de geração em geração. Partilhá-la entre as diferentes gerações, diferentes comunidades e diferentes países contribui para a construção de um mundo mais esclarecido, mais tolerante e melhor.

 

Por: CML/GAP /RP