Os quase quatro meses volvidos desde o início da Feira de Verão de Quarteira são suficientes para comprovar mais uma lamentável opção da Câmara Municipal de Loulé e da Junta de Freguesia local.

O PSD/Loulé não pode deixar de mostrar o seu descontentamento com a pior iniciativa de animação a que jamais se assistiu num concelho que é um destino turístico de eleição. Uma iniciativa que em nada dignifica Quarteira e cujos impactos negativos na economia local estão à vista.

Desde logo, esta Feira de Verão mostra o que os presidentes da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia entendem por servir a terra e as pessoas: decidir unilateralmente o destino das suas vidas sem oferecer respostas a inúmeras perguntas  legítimas daqueles que, em primeiro lugar, foram os primeiros lesados com a experiência dos executivos –os artesãos. 

Depois, é também demonstrativa da falta de rigor, planeamento e do nível de exigência que deve ser regra em qualquer iniciativa autárquica. Resume-se assim a um evento que fica muito aquém do projecto de um espaço de sucesso, organizado e com melhores condições de trabalho. Ao invés, é uma área sem condições sanitárias que reúne, sem critério algum, todo o tipo de venda ambulante e de animação para crianças. E é este último ponto que nos faz pensar e defender que esta foi uma má experiência, uma fórmula que não pode resultar. Atrair público e oferecer animação sim, mas não de forma amadora.

A falta de critérios na organização da feira –artesãos, comidas, carrinhos de choque (numa amálgama sem sentido!) -fez com que apenas alguns saíssem beneficiados… como o sector das comidas e bebidas. Acresce que a maior parte deles – vindos de outras partes do País -não contribuem em nada para o desenvolvimento local, já que beneficiaram da isenção de taxas. Isto é: não pagam cá impostos e têm tudo à borla!…

Impactante é, por outro lado, a repercussão negativa da feira no tecido empresarial do Calçadão (cafés, bares, geladarias…), que trabalhava melhor quando os insufláveis e os artesãos aí estavam instalados. Registe-se, aliás, a excelente dinâmica que sempre existiu entre os artesãos e os estabelecimentos de restauração e bebidas no Calçadão, que pura e simplesmente desapareceu com esta infeliz decisão de Vítor Aleixo e Telmo Pinto.

Referência, por último, à questão das prioridades no uso do erário público… quanto custaram os concertos da feira de verão? Porque não vemos a mesma energia e vontade política para o saneamento básico, para mais creches, melhores escolas e respostas sociais? Será esta, afinal, a grande prioridade de Vítor Aleixo para o concelho de Loulé? Como diz o provérbio, “em dia de festa, a barriga atesta”. O problema é que a festa está a acabar...

Por: PSD / Loulé