A Docapesca iniciou um conjunto de intervenções em Tavira para melhorar as condições de navegação e trabalho da comunidade piscatória e das empresas marítimo-turística, que deve estar concluída «antes do verão», estimou hoje um administrador da empresa.

Em declarações à Lusa, Sérgio Faias adiantou que o conjunto de investimentos totaliza cerca de dois milhões de euros, permitindo realizar obras que o presidente da Câmara de Tavira, Jorge Botelho, classificou como “muito importantes” para “culminar ou o concretizar um conjunto de competências, atribuições ou respostas necessárias há muito tempo”.

Os trabalhos arrancaram no início de outubro, com a reabilitação da lota de Tavira e a transferência temporária para a localidade de Santa Luzia da atividade de descarga e leilão do pescado das embarcações de pesca que operavam na cidade, referiu o membro do conselho de administração da Docapesca, empresa que gere as zonas portuárias portuguesas.

O presidente da Câmara de Tavira, Jorge Botelho, explicou à Lusa que a Docapesca tem “duas instalações no concelho, uma em Santa Luzia, virada para o polvo, e outra em Tavira, virada para o pescado”, mas frisou que a instalação de Tavira “tinha uma cobertura de amianto” e “não tinha condições de trabalho”.

“E a Docapesca - e bem - resolveu, numa área portuária, que não está na jurisdição do município, refazer ou fazer de novo edifício, que já corresponde a toda a legislação HAPPC [de higiene e segurança alimentar] e às condições de trabalho e qualidade do pescado”, acrescentou o autarca.

Sérgio Faias disse ainda que a Docapesca estabeleceu esta semana como prazo para iniciar a dragagem do rio Gilão, trabalhos que visam “melhorar as condições de navegação em frente precisamente a essa área da lota e junto à zona de Tavira”.

Jorge Botelho precisou que este trabalho vai preparar o rio Gilão para “depois receber um conjunto de atracadores flutuantes” que vão permitir, por sua vez, “melhorar as condições dos pescadores para atracarem”, mas também facilitar o trabalho “das empresas marítimo-turísticas e das carreiras para as ilhas”.

Na zona das Quatro Águas, está também a ser realizada, segundo o administrador da Docapesca, “uma pequena intervenção para “reabilitação doo telheiro que existe”, enquanto na ilha de Tavira está prevista a “reabilitação do cais das carreiras” de embarcações de passageiros, com uma parceria entre a empresa, a autarquia e a Sociedade Polis Litoral da Ria Formosa.

A mesa fonte disse também que a Docapesca tem “em concurso uma dragagem em Santa Luzia”, que “será para arrancar no próximo mês” e permitirá “garantir as condições de segurança em Santa Luzia, enquanto os pescadores não puderem trabalhar em Tavira e todas estas intervenções estejam terminadas”.

“Esta reabilitação tem um prazo previsto de cerca de seis meses, portanto contamos que antes do próximo verão todo este conjunto de intervenções esteja concluído em Tavira”, estimou Sérgio Faias.

Jorge Botelho também espera que esta calendarização seja cumprida e as “obras estejam terminadas em maio” para “não obstaculizar ou impedir a boa atividade na época de verão”.

 

Por: Lusa