«O novo Comando Territorial da Guarda Nacional Republicana tem aqui uma resposta mais eficaz!». Foi desta forma que o Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, justificou a localização da nova sede deste Comando na região algarvia, atualmente sediada em Faro, para a cidade de Loulé, ...

ao lado de outros equipamentos como o CDOS - Comando Distrital de Operações de Socorro de Faro da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), o Quartel de Bombeiros de Loulé e o Heliporto Municipal.

O acordo celebrado na passada sexta-feira entre o Município de Loulé, a Secretaria-Geral da Administração Interna e a Guarda Nacional Republicana, numa cerimónia que contou com a presença do Ministro da tutela, permitirá levar por diante a construção do imóvel, após aprovação do projeto de execução que decorrerá ao longo do ano de 2019.

O terreno, cedido pela Câmara Municipal, situa-se junto ao nó da A22 numa localização central e privilegiada nomeadamente em termos de acessibilidades o que é fundamental para uma infraestrutura que irá servir todo o Algarve nas áreas da segurança e proteção.

“A natureza da GNR não tem nenhuma responsabilidade nem na zona urbana de Faro, nem de Portimão. O Comando deve estar onde tem jurisdição e, dentro desses espaços, deve estar num que tenha condições operacionais ideais”, considerou Eduardo Cabrita. Por outro lado, à semelhança do que já acontece noutros pontos do país, nomeadamente no Distrito de Lisboa, o Governo pretende “ter uma equilibrada localização dos serviços públicos no contexto regional, em função da melhor capacidade de resposta que contribua para a eficácia dos serviços aos cidadãos”.

Também o Comandante Geral da GNR, Luís Botelho Miguel é da opinião que esta construção de raiz irá dotar a região, do Barlavento ao Sotavento, de “instalações modernas, funcionais, sendo um contributo para mais e melhor segurança nesta zona do país”.

Num Município e numa Região em que o turismo constitui o principal sector económico, o Ministro sublinhou a importância da segurança como “um valor competitivo que é apontado em todos os indicadores que referenciam a atratividade de Portugal”.

“Portugal é hoje um dos países mais seguros do mundo, essa é uma marca indissociável da imagem do país e queremos que continue assim”, frisou.

Qualidade de vida dos portugueses, atração do turismo e atração de investimento constituem vetores que fazem da segurança uma matéria decisiva, razão pela qual o Governo pretende investir, entre 2017 e 2021, cerca de 450 milhões de euros nesta área. Além de 70 novas instalações de forças e serviços de segurança, a aquisição de 2500 veículos, a formação de 950 novos elementos ou a passagem de 22 para 39 centros de meios aéreos em todo o território são algumas das iniciativas em curso.

Só no Algarve as obras atingem os 16 milhões de euros e Loulé é um dos municípios onde é mais visível esse investimento. Nesse sentido, nesta passagem por Loulé o Ministro teve oportunidade de ver de perto essas obras: o novo quartel de Almancil, a adaptação do antigo espaço dos Bombeiros em Quarteira para criação da BAL – Base de Apoio Logístico, também em Quarteira, e em Loulé o CDOS – Centro Distrital de Operações e Socorro da Autoridade Nacional de Proteção Civil, para além dos trabalhos já concluídos que permitiram melhorar o Posto de Vilamoura.

Já o presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo, salientou a importante colaboração entre o Governo central e o local, não só através da celebração deste contrato interadministrativo mas também do acordo formalizado em 2014, na altura com Miguel Macedo como Ministro, e que permitiu levar por diante os investimentos em curso num valor superior a 5 milhões de euros. “A excelente colaboração e entendimento com a GNR, sempre com o aval político dos governos intervenientes, permitiu-nos ou irá permitir-nos suprir carências e modernizar as condições operacionais da GNR no Concelho e na Região”, afirmou o autarca.

De resto, para Vítor Aleixo, além das obras físicas, tem sido fundamental o Contrato Local de Segurança. “Um Estado democrático como aquele em que vivemos e que queremos preservar não deverá facilitar, seja a que nível for, até no local, quando em causa está a segurança e a proteção dos cidadãos. A segurança é, como todos sabemos, uma das razões fundacionais do próprio Estado”, considerou ainda o autarca.

 

Por: CML/GAP /RP