Será já na próxima quinta-feira, dia 29 de novembro, pelas 18h30, que será inaugurada, na Sala dos Atos da Igreja da Sé, em Faro, a exposição «Memórias do tempo e do património construído» com fotografias do arquiteto António Menéres.

A exposição reúne um conjunto de fotos que foram recolhidas no âmbito do famoso “Inquérito à Arquitetura Popular em Portugal”, iniciativa lançada pelo Sindicato Nacional dos Arquitetos e concluída em 1961.

Mais de 55 anos depois, este “inquérito” continua a ser reconhecido como um momento marcante da arquitetura portuguesa tendo influenciado novas gerações de arquitetos e deixado uma profunda marca que ainda podemos sentir. Dos fotógrafos-arquitetos participantes no inquérito, António Menéres é a grande memória viva e o principal divulgador do Inquérito ao usar a fotografia como fonte de estudo e registo de uma arquitetura que ao longo do tempo respondeu às necessidades de construir com os materiais próprios dos lugares e que representam hoje as paisagens humanizadas que retemos na memória.

Sendo um projeto de valor cultural e patrimonial único, a exposição «Memórias do Tempo e do Património Construído» regista o olhar deste homem, na sua perspetiva enquanto arquiteto, sobre um património que continua a desaparecer e a ser destruído pelo tempo, e que foi captado em fotografias entre 1953 e 2002.

Numa altura em que a arquitetura volta a desempenhar um papel essencial na qualificação do território é com grande satisfação que a Câmara Municipal de Faro recebe esta exposição oferecendo aos Munícipes e a todos os que nos visitam uma oportunidade única para ver ou rever esta extraordinária exposição que permite recordar e viver no presente todo um património que se reinterpreta e adquire novos significados a cada nova contemplação que dele fazemos.

Se a obra que está na génese desta exposição foi fundamental para mapear o território arquitetónico e as suas marcas ao longo das diferentes regiões assim como a sua harmonia na relação com a paisagem e as pessoas, faz parte da nossa responsabilidade coletiva, assegurar que a mesma perdure no tempo e seja parte de um legado geracional que devemos deixar para os nossos filhos, para os nossos netos.

A Câmara Municipal de Faro, ao promover a exibição desta exposição, volta a marcar a sua aposta sólida e concreta na cultura do concelho, região e pais. Queremos que Faro seja um exemplo de fruição cultural e espaço de reconhecimento do património edificado como pilares para a compreensão e génese de novos paradigmas para o desenvolvimento de uma sociedade reconhecida ao seu passado e orgulhosamente virada para o futuro.

 

Por: CM Faro