FARO NÃO PODE APROVAR ORÇAMENTO PARA 2019

1. Uma vez mais, a assembleia municipal não foi amiga do concelho e da população de Faro. Uma vez mais, o voto de qualidade da presidente em exercício ditou a má sorte dos farenses. Na reunião de dia 26, o executivo propunha o seu pacote fiscal para 2019, mas o PS não esteve pelos ajustes e chumbou uma das medidas, apesar de o pacote apresentado ser exactamente o mesmo de 2018 - ano em que a autarquia reduziu o IMI para 0,4% e bonificou as famílias numerosas. Tudo somado, este "veto presidencial" representa uma quebra de receita de mais de dois milhões de euros, que são vitais para o investimento no fomento do concelho.

2. Este posicionamento irresponsável do PS, que não se coíbe de publicamente desautorizar os Vereadores do próprio partido, acarreta desde logo duas consequências. Uma é a impossibilidade de aprovar no imediato um orçamento, conforme estava agendado, pois que se torna necessário reconfigurar toda a estrutura do documento. A outra consequência é a necessidade de impor cortes de cerca de dois milhões de euros na despesa, montante que só se pode ir buscar ou ao investimento em infra-estruturas e equipamentos ou aos apoios ao associativismo. De qualquer das formas, é Faro quem perde.

3. De registar que esta não é a primeira vez que a figura do presidente da Assembleia Municipal, com o seu voto de qualidade, determina negativamente a gestão municipal, asfixiando os farenses, o presente do Município e também o seu futuro. Recorda-se que no passado mês de Junho, o PS já recorreu a esse "voto dourado" para chumbar a renovação da concessão das piscinas municipais, suspendendo os serviços até hoje.

4.  Após mais esta manobra inqualificável, mais do que no aproveitamento da figura do presidente da Assembleia Municipal para fins partidários, o que era bom era que o partido socialista pensasse onde quer ir buscar os dois milhões de receitas que ficam em falta no exercício orçamental de 2019 e o dissesse aos farenses.

 

Por: PSD Faro