O Bloco de Esquerda questionou o Governo acerca da falta de condições numa viatura de transporte de doentes não urgentes ao serviço do Hospital de Faro.

Em causa está o transporte pelas 6 horas da manhã do passado dia 11 de janeiro de 4 utentes do foro oncológico com idades acima dos 50 anos numa viagem de cerca de hora e meia, numa viatura sem qualquer tipo de aquecimento, o que os expôs a baixas temperaturas, colocando a sua saúde em risco. A situação motivou uma queixa no hospital de Faro por parte de uma das utentes.

A empresa privada prestadora do serviço é Flor da Ria SA, sediada em Aveiro, e a quem foi adjudicada várias vezes, por ajuste direto, avenças para a prestação de serviços de transporte de doentes em ambulância, pese as queixas ao serviço serem recorrentes.

No ano passado o Bloco de Esquerda fez chegar uma pergunta ao Governo sobre as condições nas quais os utentes eram transportados por esta mesma empresa. Existem relatos de chuva no interior das viaturas, falta de travões, bancos avariados, janelas partidas e coladas com fita-cola, falta de cintos de segurança e portas que abrem em andamento. Acresce ainda que muitas vezes não há equipamento adequado para ajudar os utentes com dificuldades de locomoção ou mobilidade condicionada a subirem para as ambulâncias.

Os deputados do Bloco João Vasconcelos e Moisés Ferreira consideram esta uma situação grave que carece duma intervenção urgente, não sendo aceitável que dinheiros públicos continuem a ser canalizados para uma empresa privada que não respeita os utentes e não garante o mínimo de qualidade dos serviços prestados, sendo inaceitável que doentes possam ser transportados em condições que ferem a sua dignidade e que põem em causa a sua segurança e bem-estar.

Os parlamentares bloquistas querem saber se perante as sucessivas queixas à empresa Flor da Ria SA, que medidas a tutela irá adotar de forma a garantir que estas situações não se continuam a repetir, e se (a tutela) está disposta a rever todos os serviços prestados pela empresa de forma a salvaguardar os interesses dos utentes.

Consulte aqui a pergunta dirigida ao Ministério da Saúde

 

Por: Bloco de Esquerda