Este inovador sistema inteligente de automatização da rega de espaços verdes, é uma inovação tecnológica que vai permitir poupar até 40% no custo da água e até 30% em energia.
Durante a apresentação, que decorreu na sede da Infralobo, em Vale do Lobo que contou com a presença do Presidente e Vice Presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo e Pedro Pimpão, com os Administradores e representantes de Vale do Lobo, Pedro Reimão e Tiago Rodrigues, o Presidente da CCDR Algarve, Francisco Serra, o Presidente da Junta de Freguesia de Almancil, Joaquim Pinto e restantes membros do executivo da respetiva Junta de Freguesia, os Presidentes dos Conselhos de Administração das Empresas Municipais do Concelho, José Miguel da Inframoura, Miguel Piedade da Infraquinta e David Pimentel da Loulé Concelho Global, a Diretora Comercial da Altice Portugal, Ana Bocas, Diretor Comercial da Visualforma, Cláudio Martins, colegas do Conselho de Administração da Infralobo Luís de Matos e Joana Correia entre outros, Carlos Manso, Presidente do Conselho de Administração da Infralobo, apresentou publicamente o novo sistema de rega inteligente.
“Há cerca de 2 anos, a anterior administração da Infralobo, presidida pelo Engº José Miguel lançou um desafio interno a todos os responsáveis da Infralobo: realizar uma análise profunda de todos os processos utilizados e identificar as áreas essenciais, críticas para a nossa prestação de serviços, onde fosse possível inovar e elevar a qualidade do serviço público prestado diariamente.
Após quase 2 décadas de investimentos em infraestruturas, a Infralobo mudou o seu paradigma de funcionamento e apostou numa nova estratégia de atuação de médio-longo prazo.
A partir desse trabalho foram identificadas 5 áreas fundamentais para a melhoria do nosso serviço: a gestão do relacionamento com os nossos clientes, a gestão da frota, a eficiência energética, a recolha dos resíduos urbanos e a gestão da água no seu todo.
Para fazermos face a esse desafio, desenvolvemos o conceito Smart Resort by Infralobo, que consistiu na reorganização dos processos produtivos internos através da implementação de tecnologia existente no mercado e de parcerias estratégicas com players detentores do know-how adequado, com vista à melhoria da qualidade na prestação de serviços públicos.”
Esta nova estratégia mudou, não apenas a cultura interna existente, mas sobretudo a forma como se relacionam com os clientes. Após 2 anos da implementação do Smart Resort, a Infralobo obteve em 2018 uma avaliação média de 81% de satisfação em todo o trabalho realizado. Em determinadas áreas, como a qualidade da água, a sinalização e rapidez na resolução dos problemas dos clientes, obteve resultados ainda mais elevados.
Seguidamente Carlos Manso, referiu, “hoje, consolidamos essa estratégia, com mais uma ferramenta essencial na gestão da água, o ‘’Smart Irrigation System’’. Uma solução que tem por objetivo a redução significativa dos consumos de irrigação dos espaços verdes.
A gestão da água é composta por 3 componentes relevantes: a água vendida aos nossos consumidores, as perdas (reais e aparentes) na rede de distribuição e os denominados autoconsumos (onde estão incluídos os espaços verdes públicos da nossa responsabilidade).
Relativamente às primeiras duas componentes, realizamos o levantamento cadastral de toda a rede de distribuição de água e implementámos um sistema de telemetria integral, que nos permite a análise em tempo útil de toda a água comprada e vendida na nossa área de intervenção, identificando e emitindo alertas quando existem comportamentos anómalos nos consumos, roubos de água ou até mesmo de contadores. Esta ferramenta permitiu-nos prestar um serviço de elevado valor acrescentado aos nossos clientes, já que durante 2018 foram identificadas e reparadas ruturas nas piscinas e problemas no sistema privado de rega, graças à Infralobo.
Mas foi para gerir de forma mais eficiente e racional a terceira componente, os autoconsumos, que hoje apresentamos o ‘’Smart Irrigation System’’.
A Infralobo é atualmente responsável pela gestão de 22 hectares de espaços verdes públicos, que consomem mais de 350.000 m3 de água e que representam custos diretos e indiretos anuais entre os 180 mil euros e os 240 mil euros.
Com este sistema, é agora possível uma gestão mais eficiente da água, através de mecanismos tecnológicos e automáticos que permitirão ajustar o nível de água utilizada consoante as necessidades do solo e do clima existente e, como consequência, uma redução dos custos de irrigação.
Na sua apresentação, Carlos Manso afirmou ainda que, “no curto prazo, pretendemos disponibilizar aos nossos clientes uma aplicação ligada à nossa estação meteorológica para que possam, também eles, fazer uma gestão ambientalmente mais responsável dos seus jardins privados.
A estratégia que delineámos no passado continuará a trazer inovação no futuro. Queremos estar perto, cada vez mais perto, dos resultados esperados pelos nossos Stakeholders.”
Carlos Manso aproveita o momento para agradecer a contribuição dos 4 pilares fundamentais que contribuíram para que o Smart Resort by Infralobo tenha tido sucesso e continue a evoluir no dia-a-dia, “Agradeço ao Presidente do Município de Loulé, Vítor Aleixo, pela visão expressa na estratégia municipal de combate às alterações climáticas que tem servido de suporte, aos parceiros tecnológicos, à Visualforma e Altice Portugal, à CCDR Algarve pela aposta e apoio através dos fundos comunitários ‘’Portugal 2020’’ e, sobretudo, aos colaboradores da Infralobo, que constantemente desmontam uma vontade e capacidade de adaptação aos novos métodos utilizados na prestação de serviços públicos essenciais de elevada qualidade.
Nesta fase inicial, foram investidos 60 mil euros (comparticipados em 80% pelo CRESC 2020) com o objetivo de implementar a tecnologia e reduzir de imediato o consumo de água numa das áreas de maior consumo. O investimento inclui a instalação de medidores, de sensores mapeados por georreferenciação e de uma central meteorológica.
O método poderá igualmente, no futuro, beneficiar os residentes, através da disponibilização de uma aplicação com informações baseadas na central meteorológica que os ajudará a reduzir o seu próprio consumo de água.
Com este investimento inicial, a Infralobo estima atingir uma poupança efetiva de 30 a 40% no custo anual da rega, que permitirá, a breve prazo, avançar para as restantes áreas do “resort”.
Por: VA/ ND
