Os troços da rede viária nacional que servem o concelho de Loulé estão a degradar-se a uma velocidade surpreendente, sobretudo no que respeita às vias localizadas mais a Sul.

Merecem particular destaque os troços entre a saída de Quarteira e o parque ‘Aquashow’, na EN396, e entre São Lourenço (Almancil) e São João da Venda, na já tristemente célebre EN125, que volta a estar esta semana novamente nas primeiras páginas da imprensa, desta feita pelo preocupante número de atropelamentos que já ocorreram nas zonas que sofreram uma muito discutível requalificação.

Sabemos que do Governo socialista nada podemos esperar, a não ser os repetidos anúncios que tarde ou nunca se concretizam. Se dúvidas houvessem, basta constatar que o executivo de António Costa não inscreveu no Orçamento de Estado deste ano qualquer verba significativa para investir na rede de estradas nacionais no Algarve. Aqui se percebe o nível de prioridade que a nossa região merece nos gabinetes de Lisboa.

E é por isso mesmo que não se entende a passividade da Câmara Municipal de Loulé, que falha clamorosamente ao não chamar a si a responsabilidade daqueles eixos viários vitais para a mobilidade de pessoas e bens no nosso concelho.

É nossa firme convicção que a equipa de Vítor Aleixo tem descurado o processo de desclassificação daqueles troços junto das Infraestruturas de Portugal, já que não são conhecidas quaisquer diligências nesse sentido.

E esta acaba por ser a desculpa perfeita para o autarca socialista, já que enquanto ambas as estradas permanecerem sob a tutela do Estado central, escuda-se na impossibilidade de poder intervir por falta de competência legal. Mas a pergunta impõe-se: e o que fez Vítor Aleixo até agora para acelerar o processo?

Mais um exemplo de verdadeira atrofia numa autarquia que se limita a acumular dezenas de milhões de euros em contas bancárias, enquanto os seus responsáveis debitam falsas desculpas para esconder a falta de capacidade ou de iniciativa para resolver problemas.

E numa altura em que temos o Carnaval à porta e o Verão a uma curta distância no tempo, desaparece uma janela de oportunidade crucial para efectuar reparações vitais em duas zonas viárias cuja degradação coloca mesmo em risco a segurança de quem por lá passa.

Como infelizmente tantas e tantas vezes ocorre neste País, estaremos à espera de lamentar a perda de vidas humanas para que alguém se decida a agir? Será preciso uma tragédia para que se concretize a integração daqueles troços na rede viária municipal?

Questões que só Vítor Aleixo poderá responder.

                                                                                                                                                                                                                 Loulé, 05 de Fevereiro de 2019

Pela Comissão Política de Secção do PSD/Loulé