O ciclista português Amaro Antunes (CCC) está a disputar a Volta ao Algarve, na região de que é natural, na época em que deu o «salto» para o WorldTour, sendo uma aposta para a Volta a Itália.

Em declarações à Lusa durante a 45.ª edição da ‘Algarvia’, o corredor algarvio mostra-se feliz por correr em casa, numa “prova muito especial”, mesmo depois de uma queda no primeiro dia, que envolveu várias dezenas de ciclistas, o ter feito perder tempo.

Antunes respondeu no segundo dia e foi quinto na etapa, subindo ao oitavo posto da geral, a 1.42 minutos do camisola amarela, o esloveno Tadej Pogacar, num esforço para voltar a ‘brilhar’ na prova, depois de em 2017 ter vencido no Malhão, na última etapa, que lhe valeu o quinto lugar final.

“É uma corrida muito especial para mim, e quero agradecer a moldura humana que se tem feito sentir. Dizem muitas vezes o meu nome e isso deixa-me muito orgulhoso”, afirma.

“As quedas acontecem no ciclismo, infelizmente. Fiquei um pouco frustrado, porque toda a equipa tinha andado a trabalhar de forma fenomenal, sempre na frente, e nos derradeiros quilómetros uma queda que não evitamos. Fiquei com algumas mazelas e espero que não me afetem.

Em 2019, o corredor de 28 anos acompanhou a CCC no salto para o escalão WorldTour, depois de um ano 2018 em Profissional Continental, e os polacos já têm um primeiro grande objetivo: o ‘Giro’.

“Os objetivos da equipa passam pela Volta a Itália, e serei o homem da equipa para ir ao ‘Giro’”, revela Antunes, que ainda assim prefere “pensar numa corrida de cada vez”.

Apesar do peso da responsabilidade, explica que a pressão “já é o normal quando se anda nestas lides”, e confessa até gostar da pressão, por ser “um sinal de trabalho bem feito”.

O ano de 2017 foi de afirmação para Amaro, natural de Vila Real de Santo António, que, além da vitória no Malhão, ‘brilhou’ com o segundo lugar na Volta a Portugal e o triunfo no Troféu Joaquim Agostinho, ao serviço da W52-FC Porto.

Depois, no primeiro ano na equipa polaca, começou com um 10.º lugar na Volta à Comunidade Valenciana, antes de vencer o Tour Malopolska, ser quarto na Volta a Sibiu e segundo no Giro dell’Appenino, num 2018 que também foi marcado pelas lesões.

Neste ano, o ‘salto’ de escalão apresenta uma subida em exigência para o algarvio, que ainda assim diz estar “tranquilo” e a procurar correr “um dia de cada vez” no pelotão WorldTour.

 

Por: Lusa